Quem já passou pela calçada da Avenida Paulista ou pelo Anhangabaú, na certa deve ter observado esses grandes que protegem os pedestres de cair nestes grandes buracos. Mas o que existe lá dentro pode proteger de um outro perigo, tão grave quanto uma queda. O que existe lá em baixo é, digamos, surpreendente.
Em 2003 na Coreia do Sul, um incêndio iniciado por um homem que tentava atentar contra a própria vida atingiu dois trens do metrô. O resultado foi a morte de 198 pessoas e outras 147 feridas em Daegu, sudeste do país. Já em 1995, 292 pessoas morreram e 168 ficaram feridas em um incêndio em um trem do metrô de Baku, Capital do Azerbaijão, que estava entre duas estações.
Um sistema vital para a segurança dos passageiros, inclusive em casos como este, é a ventilação. As grandes grandes presentes em alguns lugares por onde passam o Metrô, como na avenida mais famosa da cidade, ou então no Anhangabaú, escondem grandes estruturas escondidas.
O site visitou o poço do Vale do Anhangabaú, após o fim da operação comercial, e período em que os maquinários podem passar por manutenção.
Um ambiente onde combinam alguns fatores como escuridão, altura e locais fechados causaram desconforto. São na verdade dois poços, um deles com dois super exaustores que retira o ar da estação. E se existe um sistema que retira o ar das estações e túneis, outro suga ar para dentro das dependências, como essas espécies de torre:
O sistema, além de manter o ar em circulação em túneis e estações, é um poderoso aliado em eventuais problemas que podem causar incêndio. O ar é retirado da plataforma por galerias que ficam em baixo da plataforma. Já o ar que entra na estação chega por meio desses dutos em cima da plataforma:
A manutenção nos equipamentos vitais para a circulação dos passageiros ocorrem todas as madrugadas.