O Metrô de São Paulo abriu licitação para contratar empresa que prestará serviços técnicos especializados de geologia para o acompanhamento técnico, assessoria e controle de qualidade das atividades de sondagens geológicas
necessárias ao desenvolvimento do anteprojeto de engenharia da Linha 22-marrom, que vai ligar São Paulo e Cotia. A sessão pública para o processamento da licitação deve ocorrer em 23 de maio de 2023.
Em paralelo, a empresa contrata outro consórcio para elaborar o anteprojeto de engenheira. A linha deve ter 29 quilômetros de extensão, 19 estações e um pátio de manobras. Vai partir da estação Sumaré, na Linha 2-Verde, até Cotia, passando por Osasco:
Metrô “mais leve”
O Metrô de São Paulo voltou a citar sistemas de menor capacidade para operação da futura linha 22-Marrom. O relatório integrado 2022, que faz uma espécie de balanço do ano passado, e projeções para o futuro, a operadora cita “metrô mais leve” para um atendimento menos demandando.
“Devido às mudanças urbanas, à oportunidade de atendimento à USP, à atualização com os dados da Pesquisa OD 2017 e à necessidade de adequar a tecnologia de uma linha menos carregada, foram realizados estudos prévios de traçado e tecnologia de metrô mais leve – carro mais estreito e curto, permitindo túneis menores e estações mais curtas para a linha.” – diz o documento.
Em 2021, o diretor de Engenharia e Planejamento do Metrô, Paulo Meca, em entrevista à ABIFER, disse que a operadora estuda a doação de Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT na nova linha 22.
“Nós estamos vendo para algumas regiões, principalmente para sistemas que estão ultrapassando as fronteiras da cidade de São Paulo, dependendo da demanda da linha para questões que é o seguinte: o custo da linha do CAPEX o OPEX tem que ser razoáveis para que a gente consiga parar de pé com essa linha”.
Meca disse que há análises sobre o custo do meio de transporte. “O caso da Linha 22-Marrom, uma linha que a gente deve chegar ao município de Cotia, que tinha um projeto inicialmente só de Metrô, e a gente lá atrás discutiu monotrilho, mas o viário não permite. Então é uma linha que nós estamos pensando, estamos pensando em de repente algum outro modal de tal que forma que possamos viabilizar no menor custo e consiga atender adequadamente a demanda.”
Já sobre o relatório integrado mais recente, a empresa ainda cita que “tais estudos serão aprofundados e validados no Anteprojeto de Engenharia/EIA-RIMA da linha, também em processo de contratação“.