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Por que a Linha 13 da CPTM é quase um Metrô?

É muito comum em reportagens e análises a comparação entre o Metrô e operação dos trens metropolitanos, geralmente com o intuito de apontar as falhas do segundo grupo, em uma tentativa de mostrar que o serviço da CPTM precisa ser elevado ao patamar do sistema metroviário.

Apesar de serem modos de transporte de massa, as malhas em sua essência são diferentes, sendo o Metrô com uma característica urbana e os trens metropolitanos, como nome já diz, com uma função de mobilidade entre as cidades da grande São Paulo. Então nem sempre a comparação faz sentido.

Mas alguns sistemas já usados em linhas do metrô, podem ser usadas em atendimentos da CPTM. É o caso da Linha mais jovem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, que apesar do baixíssimo volume transportado, conta com tecnologias mais avançadas em comparação com as demais.

Renato Lobo | Via Trolebus

A linha 13-Jade, que faz a ligação da malha metroferroviária com o Aeroporto de Guarulhos conta com o sistema de Operação Automática dos Trens (ATO). Implantado em novembro de 2021, os trens passaram a receber comandos do Centro de Controle Operacional (CCO), como controle de velocidade, de parada programada nas plataformas, de abertura e fechamento de portas e o tempo de abertura das portas nas plataformas. Em outras palavras, é a única linha automática empresa, e a operadora ou operador na maior parte do tempo monitora o veículo, e age quando necessário. A linha 13 também será a primeira a receber as portas de plataforma.

É a linha que conta com os trens mais novos da CPTM, a série 2500 que conta com bagageiro, telas no lugar dos mapas em cima das portas, entre outros itens. Por outro lado, é a com maior intervalo, que varia de 15 minutos até uma hora.

Renato Lobo | Via Trolebus

Solução para o baixo movimento

A linha 13 foi inaugurada em 31 de março de 2018, com a promessa de levar cerca de 100 mil passageiras ou passageiros por dia. Já era um número baixo comparado com as demais linhas, mas até aqui o eixo de transporte transporta cerca de 10% do esperado.

E o atendimento, como todo mundo já sabe, não chega propriamente ao aeroporto, sendo que quem escolhe ir de trem até Cumbica, precisa utilizar um ônibus até os três terminais de embarque. No futuro, o percurso será feita por um aeromóvel, uma espécie de VLT que já opera em Porto Alegre.

Renato Lobo | Via Trolebus

A solução para o aumento no uso é a extensão da Linha nas duas pontas. A oeste, a empresa investiu R$ 158 milhões, com obras que contemplam os sistemas de rede aérea, sinalização, suprimento de energia de tração e via permanente. As obras estão concentradas no trecho entre as estações da Luz, de onde parte o Expresso Aeroporto, e Palmeiras-Barra Funda, que será o ponto inicial do serviço Expresso Aeroporto, derivado da Linha 13.

Também está em elaboração o anteprojeto para ampliação da Linha 13-Jade no sentido oposto da Barra Funda, levando a mais nova linha da companhia para outros bairros do município de Guarulhos e chegando até Bonsucesso. Nesta etapa, estão em definição e consolidação as principais diretrizes e características do empreendimento, tais como traçado, localização de estações e instalações de manutenção, tecnologias a serem utilizadas, dentre outros aspectos.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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