Na década de 30 um veículo ferroviário com uma aparência bem diferente batia recordes de velocidades na Alemanha. Sua aparência era bem parecida com os dirigíveis construídos no final do século XIX.
O Schienenzeppelin ou Zeppelim Ferroviário se assemelhava a um dirigível Zeppelim, e portanto ganhou esse nome. Foi designado e desenvolvido pelo engenheiro aeronáutico Franz Kruckenberg em 1929. A propulsão era realizada por um hélice propulsor localizado na traseira, que acelerava a automotora até 230,2 quilômetros por hora, batendo o recorde de velocidade terrestre para um veículo sobre trilhos movido por hélice com motor à combustão.
Em 10 de maio de 1931, o Zeppelim Ferroviário viajou pela primeira vez entre Plockhorst e Lehrte a 200 km/h. Conduzido pelo próprio Kruckenberg, o veículo atingiu uma velocidade máxima de 230,2 km/h entre Karstädt e Wittenberge, quebrando o recorde de velocidade ferroviária em décadas.
Mas o investimento faria sentido de mais carros pudessem formar grandes composições, e este era o calcanhar de aquiles do projeto. Devido ao seu design, o Schienenzeppelin não conseguia rebocar nenhum outro carro, ao contrário de um trem clássico.
Além disso, sua alta velocidade dificultou seu uso em ferrovias comuns, utilizadas por trens convencionais em velocidades muito mais lentas. Nos trens de alta velocidade atuais, o trilho de soldagem contínua, sem emendas, além de poucas curvas.
O uso de motor elétrico auxiliar era fundamental para as manobras, já que o propulsor não conseguia realizar a marcha à ré, de modo que o Zeppelim Ferroviário era um veículo autopropelido, ou seja, que se movimenta ou sai do seu lugar através de uma forma própria de propulsão, de forma unidirecional que por isso exigia uma infraestrutura dedicada. Tudo isso culminou para o fim do projeto, que ficou apenas em um veículo no estágio de protótipo.