Uma comissão composta por deputados federais visitou as obras inacabadas do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT de Cuiabá e Várzea Grande, e o presidente do grupo, deputado federal Hildo Rocha, avalia que o meio de transporte é viável, e haveria prejuízo caso as construções não fossem terminadas.
Há uma queda de braço entre prefeitura e estado, sendo que a primeira quer seguir com a obra do VLT e o segundo, um corredor de ônibus no lugar.
“O VLT é viável tanto em Cuiabá e Várzea Grande, como em outras cidades do Brasil e do mundo. Os vagões que aí estão possuem a tecnologia adequada e estão bem mantidos, os equipamentos podem ter mais de 50 anos de utilização, diferente do sistema BRT que deve ser trocada as baterias a cada oito anos, o que representa mais de 50% do custo. Os recursos de R$ 1 bilhão foram investidos, a infraestrutura já está praticamente pronta e não concluir essa obra é um prejuízo enorme para a população, que merece um sistema de qualidade”, disse Hildo Rocha.
Já o prefeito Emanuel Pinheiro declarou que o estado fraudou os dados na justificativa de troca do meio de transporte.
“É o Brasil olhando para Cuiabá, de dentro para fora não estava surtindo resultados. Então, chegamos nessa articulação dos deputados Emanuelzinho e José Medeiros de inverter a estratégia. O Brasil vai pressionar Cuiabá, Várzea Grande e Mato Grosso para evitar que esse maior escândalo com o dinheiro público não se eternize e para que possamos comprovar através da paralisação das obras, que todos os dados que o Governo do Estado utilizou para trocar o modal para BRT foram fraudados, conforme foi evidenciado ontem por técnicos e especialistas durante a Conferência. O TCU vai julgar o mérito da nossa ação que suspendeu a licitação do BRT e, após o final do relatório técnico da Comissão, vão ter os instrumentos necessários para anular a lei na Assembleia que autorizou a troca do modal e conseguir na justiça a retomada e conclusão das obras do VLT”, afirmou o prefeito Emanuel Pinheiro.
O sistema teria 22 quilômetros de extensão, ligando Cuiabá e Várzea Grande. Já conta com 40 trens de 7 sessões cada. Cada trem comporta 400 passageiros.