O contrato final de novação da concessão com a MRS deve ser firmado em um prazo de 30 a 45 dias, de acordo com o presidente da companhia, Guilherme Segalla de Mello, ao jornal Valor Econômico.
O acordo prevê 280 obras, em 51 cidades. Uma delas é a será a segregação entre os trilhos de carga, da MRS, e de passageiros nas regiões metropolitanas de São Paulo, Jundiaí e Campinas, que atualmente são compartilhados. O projeto demandará cerca de R$ 2,2 bilhões de investimento. Deve viabilizar a introdução do Trem InterCidades, serviço expresso de passageiro entre a Barra Funda e Campinas.
A construção deverá durar de oito a dez anos. “É uma obra muito complexa que será feita, literalmente, com o trem andando. Temos conversas diárias com a CPTM para pensar o plano de instalação. Será uma intervenção importante tanto para a MRS quando para a CPTM, porque hoje limitamos o crescimento um do outro”, disse ele.
Serão construídos 90 km de linhas férreas em dois trechos: o Noroeste, entre Jundiaí (SP) e a estação Barra Funda, na capital paulista; e o Sudeste, entre a estação Brás, também em São Paulo, e Rio Grande da Serra (SP). Com isso, no total, passará a haver quatro linhas: uma de carga para a MRS, duas para a CPTM e uma quarta para o Trem Intercidades. “Vamos conseguir ter o máximo do sistema para cada capacidade”, afirmou.