Inaugurada como estação Alto da Serra em 1867, a estação Paranapiacaba talvez é uma das mais emblemáticas do país, seja pela sua importância em um dos corredores de transportes de cargas mais movimentados do Brasil, seja pelo seu pioneirismo como meio de transporte, ou então por estruturas antigas que não levam mais passageiros.
O local foi construído para ser um grande pátio de manobras para separar e reunir as composições que desciam e subiam a Serra do Mar através da Serra Velha.
A viagem (vídeo acima) começa em um dos muitos trens antigos abandonados, e se o poder público não teve capacidade de manter e restaurar o veículo, a população acaba assumindo os trens como como ponto turístico.
O movimento é grande de cargas que passam pelo local, e já era assim no final do século XIX, quando o local em 1896, com foram erguidas casas de madeira em estilo inglês, para os funcionários da ferrovia que construíam a chamada Serra Nova, como foi chamada a nova linha. Era preciso uma nova linha que desce conta da demanda.
Em 1900, foi entregue uma nova estação e apenas 1907 a vila ganhou o nome atual que tem o significado “lugar de onde se avista o mar”. Mas o nome de Paranapiacaba só foi dado mesmo a estação em 1946, segundo o site estações ferroviárias.
Segundo esse mesmo site, em janeiro de 1981, um incêndio destruiu o prédio da antiga estação; desde 1977, no entanto, uma nova estação, mais simples, já estava funcionando em local próximo. A antiga já estava desativada e o fogo apenas acelerou o seu fim. O relógio, salvo do fogo, foi consertado e colocado sobre uma nova torre ao lado do prédio novo.
Até o ano de 2001, quem visitava a Vila de Paranapiacaba tinha como opção os trens metropolitanos da CPTM. A estação aberta com o nome de Alto da Serra em 1867, já atendia passageiros desde o século 19. Atualmente, o passageiro tem apenas ônibus da EMTU a disposição, ou Expresso Turístico da CPTM, com pouquíssimos horários. Segundos relatos históricos, no período de operação da CPTM, o trecho entre Rio Grande da Serra e Paranapiacaba era feito com extensão operacional, com composições menores (menos carros) e com menos horários que o trecho principal até a Luz. Depois de 2001, o serviço passou a ser operado apenas aos finais de semana, sendo desativado pouco tempo demais.