Em março de 1968, uma frota de 12 bondes correria pela última vez as avenidas Ibirapuera, Vereador José Diniz e Adolfo Pinheiro até Santo Amaro. Nos veículos, faixas fixadas nos veículos diziam “A viagem do Adeus” ou “Rendo-me ao progresso, Viva São Paulo”. O tal “progresso” era a retirada de um meio de transporte sobre trilhos para ruas para os carros.
De acordo com o site Estações Ferroviárias, a capital paulista chegou a ter 60 linhas de bondes. Penha, Lapa, Mooca, Vila Mariana, Santana, Pinheiros, Ponte Grande e Jardins eram um dos destinos. Até a Vila Maria e Casa Verde, na Zona Norte, foram ligadas pelo meio de transporte sobre trilhos. O bonde também chegou a rodar na Avenida mais famosa de São Paulo, a Avenida Paulista. As linhas do meio de transporte chegaram a ter 700 km de extensão.
Nos dias atuais, o transporte de baixa capacidade está a cargo do sistema de ônibus, e uma quantidade ínfima de trólebus (200 unidades). Os coletivos atuais sofrem do mesmo mal que exterminou os bondes: são reféns do transporte individual, que ocupam mais espaço, e transportam menos pessoas por veículos, e ainda travam o caminho.
A capital paulista ganhou um novo transporte sobre trilhos seis anos depois do fim dos bondes, quando em 1974 era inaugurado o Metrô, e hoje junto com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, são os responsáveis pelo transporte de massa.