Nesta quinta-feira, 15 de julho de 2021, foi deflagrada a greve em linhas operadas pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM. Trabalhadores querem reajuste salarial de 6,22%, e não houve acordo durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho. Duas linhas operam parcialmente e duas estão inoperantes.
Já o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, disse em uma postagem nas redes sociais que as entidades vislumbram uma realidade diferente do país, e lamentou a decisão de paralisação.
Confira:
“É inadmissível que os sindicatos que representam os colaboradores das linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa, com toda a linha de frente vacinada e com uma crise econômica, decida fazer greve nesta quinta-feira (15/07).
As atuais reivindicações, além de impossíveis de serem atendidas, punem a população com a paralisação do transporte público e deixando milhares de pessoas que cuidam de serviços essenciais e outras atividades sem o direito fundamental de ir e vir.
Teremos um plano de contingência p/ atender a todos que precisam do transporte. Enquanto milhares de trabalhadores perdem seus empregos ou tem suas rendas diminuídas, a CPTM mantém salários e benefícios em dia. Infelizmente, o sindicato vislumbra uma realidade diferente do país.
Lamento a decisão sobre a greve e espero que não haja adesão dos trabalhadores em respeito aos cidadãos que necessitam do transporte. Há decisão da Just. do Trabalho que determina a manutenção de 80% dos trabalhadores nos hs de pico e 60% nos demais hs, sob pena de R$100 mil/dia”. – disse o titular da pasta.
O que diz os sindicatos?
“Sem acordo em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, os Sindicatos da Sorocabana, de São Paulo e dos Engenheiros de São Paulo convocaram os ferroviários e se reuniram em assembleia para dar andamento à paralisação nessa quinta-feira, dia 15/07. “O TRT propôs que a CPTM repusesse o salário em 6,22%, mas a empresa não aceitou. A categoria está cansada de tanto desrespeito e resolveu parar o serviço a partir da 0 hora dessa quinta”, esclareceu o presidente interino do Sindicato da Sorocabana, José Claudinei Messias.
Os Sindicatos entraram com ação de Dissidio Coletivo de Greve no TRT solicitando que a empresa aceite os termos propostos no ACT 2021/2022 que foi parcialmente assinada, mas, justamente, as cláusulas econômicas não foram aceitas pela companhia que insistem em reajuste zero pelo segundo ano seguido. “O ferroviário trabalhou toda a pandemia e se dedicou, já no ano passado a empresa não reajustou o salário e agora querem isso de novo, mas tudo aumentou, como os ferroviários vão ter condições de viver sem saber se vão conseguir pagar as contas”, indaga Messias.
Reunidos em assembleia, os ferroviários, resolveram avançar com a greve paralisando o serviço a partir da 0 hora dessa quinta-feira, dia 15/07, sem previsão de retomada da operação.”