Quito, capital do Equador, deve em breve ganhar sua primeira linha de Metrô, que está 99% concluída. Mas o processo desde seu planejamento até as obras físicas, percorreram um longo caminho de quase 20 anos. Parte do traçado encontrou dificuldades pela construção em área geológica e geograficamente desafiadora. As construções foram marcadas pela necessidade de cuidados especiais para proteger os inúmeros edifícios do centro histórico de Quito, protegido pela UNESCO.
Se os testes forem exitosos, a operação deve começar em dezembro de 2021. As estruturas são à prova de terremotos até 7,8 na escala Richter.
A Linha 1 do Metrô de Quito terá 22 km de extensão entre Quitumbe e El Labrador, com 15 estações subterrâneas, cada uma com plataformas de 150 metros de comprimento. Cinco deles serão intercâmbios importantes para o transporte de superfície. A viagem em toda a extensão levará apenas 34 minutos, com os trens operando a uma velocidade máxima de 100 km/h em alguns trechos da rota. A capacidade do eixo metroviário será de 380 mil passageiros por dia.
Já os 18 trens foram encomendados da CAF na Espanha, cada um com 6 carros. Cada comboio conta com 109,1 metros de comprimento e podem acomodar até 1.259 passageiros. A energia é fornecida por meio de trilhos condutores aéreos no túnel. A bitola da via é de 1.435 mm, a mesma usada nas linhas 4-Amarela e 5-Lilás em São Paulo.
O Metrô dará mais conforto aos passageiros, e deve encurtar distâncias dos usuários que utilizam atualmente o corredor de ônibus do tipo BRT – Bus Rapid Transit, que está saturado.