A construção de corredores de ônibus são essenciais para a mobilidade e melhorias ainda na qualidade do ar. Um levantamento da Scipopulis, empresa da green4T, aponta que estruturas dedicadas ao transporte coletivo poderiam ajudar a reduzir o tempo de deslocamento do paulistano.
O estudo identificou que, em vias com grande circulação de coletivos na cidade – como a Av. Celso Garcia, na Zona Leste da cidade, e a Av. Faria Lima, na região oeste – a construção de corredores para o transporte coletivo reduziria em 13 e 8 minutos o tempo de viagem dos usuários, respectivamente.
De acordo com o comunicado da empresa, as duas vias apresentam índices relevantes de lentidão entre as vias com alta circulação de coletivos, com médias de 12,4 km/h na Faria Lima e 12 km/h na Celso Garcia registradas no pico da manhã.
Na Faria Lima passam 28 linhas de ônibus todos os dias, transportando 324.000 pessoas. Já na Celso Garcia são 35 linhas, com 363.000 passageiros diários.
Os dois corredores estão situados à direita da via. A publicação cita que na estrutura com circulação exclusiva do lado direito, a velocidade média dos coletivos segue baixa, devido ao grande volume do tráfego local nas ruas transversais e ao compartilhamento das faixas com carros que fazem conversões à direita, interferindo na fluidez. Um corredor de ônibus nesta Avenida, a exemplo dos implantados na Av. Rebouças, também na Zona Oeste, com o fluxo dos coletivos à esquerda da via, reorganizaria a circulação dos veículos, eliminando essa interferência.
Meio ambiente
Os espaços para os ônibus ainda ajudariam na redução nas emissões de CO2. Na Faria Lima, 2,4 toneladas seriam retiradas mensalmente da atmosfera no horário de pico da manhã e, na Celso Garcia, a redução seria de cinco toneladas.
As recomendações foram feitas por meio da plataforma Trancity, desenvolvida pela Scipopulis, que utiliza tecnologias de análise de dados e inteligência artificial para monitorar o sistema de ônibus da capital paulista. Em junho deste ano, viabilizou o acesso gratuito à plataforma para as prefeituras de todas as capitais brasileiras. Atualmente, o mesmo sistema também é utilizado para a gestão de frotas de transporte público das cidades no Rio de Janeiro, Teresina e em Belo Horizonte.