Após vários tumultos promovidos por usuários descontentes com as falhas e acidentes nos trens dos subúrbios do Rio de Janeiro, o presidente Geisel solicitou à Rede Ferroviária Federal – RFFSA a realização de um programa emergencial de melhorias nos subúrbios da operadora.
Foi iniciado então a contratação de obras para reconstruir estações, trocar a sinalização existente (que eram de 1937), modernizar os sistemas elétricos, via permanente e, sobretudo adquirir novos trens. Foi nessa época que unidades elétricas foram adquiridas, como por exemplo aquela se tornaria no futuro a série 1700 da CPTM.
Mas um desses modelos chegou a prestar serviços em três estados brasileiros: os trens da série 900. O material rodante foi fabricado pela Cobrasma, que para realizar a fabricação dos 30 trens, se aproveitou da sociedade técnica com o consórcio francês Francorail (que já havia colaborado com a Cobrasma na fabricação dos 100 trens série 5000 para a Fepasa). Fabricados entre 1978 e 1981, o primeiro trem foi entregue para a RFFSA em agosto de 1980.
Os primeiros comboios entraram em operação nos subúrbios do Rio de Janeiro em 27 de fevereiro de 1981. Em meados de 1983 alguns trens da Série 900 foram remanejados para São Paulo para ajudar na demanda crescente. Operaram em São Paulo entre até 1988.
Ainda na década de 80, o Metrô de Belo Horizonte é entregue, e a CBTU transferiu um trem da Série 900 (Trem unidade 932) do Rio de Janeiro para Belo Horizonte em 1986 com o objetivo de compor a frota de reserva operacional. O trem rodou em Minas até 1989.
Mas em uma série de falhas oriundas de defeitos de projeto e fabricação, fizeram que em 1988, 17 carros tiveram de passar por reabilitação precoce. Em 1993, a CBTU lançou uma licitação emergencial para recuperar 12 trens-unidade Série 900 que se encontravam imobilizados por falta de peças. O processo não foi adiante por conta da falta de verbas, sendo retomado pela Flumitrens (sucessora da CBTU) em 1998.
Os veículos operam até hoje por meio da SuperVia.