Nesta quinta-feira, 06 de agosto de 2020, O Governo de São Paulo extinguiu formalmente o contrato para a implantação do monotrilho da Linha 18-Bronze entre o ABC Paulista e a cidade de São Paulo. Em uma publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, a administração pública declarou o contrato extinto.
A ação vem após a notícia de que a chinesa BYD estaria disposta a colaborar, caso o governo do Estado optasse pela volta dos trens aéreos.
O anúncio do cancelamento da linha foi feito no ano passado, em junho, e a promessa era que um corredor de ônibus do tipo BRT – Bus Rapid Transit seria construído no lugar.
Mas até agora não foi lançada a concorrência pública sobre a implantação da faixa que atenderá São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, em conexão com a cidades de São Paulo.
A primeira promessa era que até o fim do ano, a sociedade teria conhecimento do projeto substituto do monotrilho. Depois a data foi adiada para março, depois em junho e agora não há mais um prazo certo dos próximos passos do BRT.
No ano passado foi anunciado que o corredor seria segregado, com alimentação elétrica e pagamento da passagem na estação, não no ônibus, para facilitar o embarque.
Passageiro do ABC poderá perder integração tarifária
Com a substituição dos projetos, o passageiro que se desloca da região do ABC para a capital paulista poderá ter que desembolsar valores mais altos que uma passagem.
O Metrô havia projetado o atendimento da Linha 18 para ligar São Paulo na estação Tamanduateí, integrando com as linhas 2-Verde e 10-Turquesa, com as cidades de São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo.
O novo ramal faria parte da rede metroferroviária, dando acesso a região do ABC a um pouco mais de 360 quilômetros da malha sobre trilhos, dividida entre linhas de Metrô, monotrilho e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, que atendem a região metropolitana de São Paulo. Nesta malha há integração tarifária total, ou seja, quem se desloca dentro do sistema paga apenas uma passagem.
Com a escolha das pistas exclusivas para ônibus, e se administração estadual seguir o que já opera atualmente na megalópole, o passageiro deverá pagar mais se utilizar o novo BRT para acessar o transporte sobre trilhos.
A exemplo do que ocorre nos corredores em operação, existe um desconto tarifário por meio do cartão bom, onde o passageiro paga para acessar o ônibus e depois paga uma fração no transporte sobre trilhos, a exemplo do usuário que acessa a estação Jabaquara por meio do corredor de trólebus.
A escolha de construção do corredor de ônibus no lugar do monotrilho se deu por conta de custos, onde segundo o governo do estado, o BRT é mais barato que os trens aéreos e pode transportar praticamente a mesma quantidade de pessoas.
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