Os sistemas de transportes sobre trilhos e por ônibus intermunicipais não estão transportando o volume de passageiros registrados antes do início da pandemia na Região Metropolitana de São Paulo. Mas, o incremento no volume de usuários vem crescendo dia após dia. É o que diz o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, em entrevista concedida essa semana à Rádio Bandeirantes.
De acordo com o titular da pasta, o volume de pessoas que passam pelo Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, e pelos ônibus intermunicipais gerenciados pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU, ainda está em 60% a menos.
Baldy diz, no entanto, que vem percebendo um aumento gradativo. Em tempos sem pandemia, Metrô e CPTM transportavam em torno de 8 milhões de passageiros, e EMTU, por volta de 1,8 milhões. No dia 26 de março, foram transportados apenas 2 milhões nos três sistemas, e na última quinta-feira (23), em torno de 4 milhões, 150 mil usuários.
O que explica a redução?
– Aulas presenciais suspensas
As aulas presenciais em instituições de ensino público ou privado segue suspensas no Estado, com revisão de volta para setembro.
– Home office
Empresas ainda seguem em home office, mesmo com a flexibilização da quarentena. Um estudo da Robert Half, empresa global de consultoria de recursos humanos, mostra que 86% dos profissionais entrevistados querem trabalhar de casa mais vezes após o fim da quarentena. A pesquisa ouviu mais de 800 pessoas, sendo que 67% perceberam que é possível executar as tarefas remotamente; 49% consideram que o equilíbrio entre vida profissional e pessoal melhorou sem o deslocamento para o trabalho; e 25% estão mais confortáveis com as tecnologias.
– Medo de contágio
Um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tornou mais fácil identificar lugares onde, segundo pesquisadores, a chance de ser infectado pelo vírus SARS-Cov-2, responsável pela pandemia de covid-19, é maior. Hospitais e transporte público são locais com maior risco de contágio.
– Desaquecimento econômico
Desaquecimento econômico fruto da crise financeira do país pode retirar passageiros do transporte. Mais pessoas sem ocupar postos de trabalhos ou consumindo pode significar menos deslocamentos.
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