Os ônibus articulados são utilizados em grandes centros urbanos por conta da sua versatilidade, já que com dois carros acoplados, o número de passageiros é maior com custos menores que dois ônibus padron separados. São menores custos de manutenção e investimentos em profissionais.
Os primeiros articulados surgiram na Europa nos anos 20. Entretanto, os primeiros de modelos similares aos dos dias atuais começaram a surgir na década de 40. A grande vantagem dos articulados em relação aos de dois andares é a rapidez no desembarque, e em corredores com cobrança antecipada, também o embarque, ao passo em que estes veículos possuem mais portas que os double decker.
Atualmente os ônibus articulados possuem entre 18 metros e 21 metros, com capacidade de 150 a 180 passageiros, dependendo da configuração interna de bancos, e os biarticulados até 28 metros e capacidade de passageiros variando entre 230 e 270 passageiros.
Nos últimos anos um veículo intermediário tem conquistado as operadoras: o superarticulado, que possui entre 21 e 23 metros de comprimento, podendo transportar, dependendo da configuração, de 190 a 210 passageiros.
Se os popularmente chamados de “sanfonados” são presentes nas cidades, no segmento rodoviário são praticamente inexistentes. E se são vantajosos no transporte urbano, por que não nas estradas?
Em 1946, um ônibus articulado da Kaiser-Frazer foi criado para o seguimento rodoviário. Contava com motor diesel, carroceria de magnésio, ar condicionado, dentre outros.
Já no final da década de 70, foram introduzidos no Brasil, e foram testados por grandes empresas como a Viação Garcia e Auto Viação Catarinense. Os ônibus que foram testados eram Nielson Diplomata Articulado com chassis Volvo B58, que foi muito usado nos ônibus da época. Mas o resultado dos testes não foi satisfatório e o conceito do ônibus rodoviário articulado foi abandonado no Brasil.
Entre os anos de 1975 e 1992, a Neoplan Jumbocruiser produziu ônibus de dois andares articulados, onde apenas o andar de cima permitia movimento entre as duas seções, e assim, cada seção tinha suas próprias portas e escadas.
Um dos fatores que explicam este insucesso é o peso extra desses ônibus, que diminuem sua velocidade final e aceleração, além da capacidade de frenagem. Além disso, em altas velocidades o segmento traseiro pode sofrer instabilidade.
Os ônibus articulados são mais caros de adquirir e têm manutenção mais cara que ônibus comuns, além de consumirem mais combustível por unidade. Mas, se for levado em consideração o número de passageiros que cada ônibus pode transportar, o fator pode ser invertido. E o segmento urbanos pode levar muito mais passageiros que o rodoviário, já que linhas rodoviárias na maioria das vezes viajem com pessoas sentadas.
Outro ponto é o fator da revenda. Mesmo após anos de uso, um ônibus rodoviário permanece mais anos rodando, como por exemplo, em empresas de fretamento. Já no segmento urbanos, na maioria são sucateados.