Com 90% da capacidade ociosa, novas encomendas podem dar um alívio ao setor produtor de trens brasileiros, de acordo com Vicente Abate, presidente da ABIFER – Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, em uma coletiva de imprensa para veículos de comunicação do setor, que contou com a participação do Via Trolebus.
Serão 132 novos carros, o que equivale a 22 trens que a empresa Acciona deve adquirir para a operação da Linha 6-Laranja do Metrô, que vai da Brasilândia, na Zona Norte da capital paulista, até a estação São Joaquim. A retomada das obras, no entanto, ainda não ocorreu já que as tratativas entre o setor privado para mudança da concessionária não foi finalizada.
Vicente por sua vez, afirmou que “faltam projetos, ou os projetos não tem sido executados nas velocidades necessárias”. O presidente da Associação ainda questionou um processo de compra do Metrô de São Paulo de trens para a Linha 17-Ouro do Monotrilho.
“Na medida em que houver encomendas, não haja como o que ocorreu no monotrilho da linha 17, em que uma decisão do governo que está sendo contestada adequadamente de ter dado o projeto para uma empresa de fora do Brasil, que era a segunda colocada e que tinha condições piores do que a primeira que era Brasileira” – disse Vicente.
O consórcio Signalling acabou ganhando a licitação para o fornecimento de 14 composições, mas foi desclassificado pelo Metrô, que considerou que o grupo de empresas não possui patrimônio líquido de 10% do valor da proposta de R$ 982 milhões. A operadora diz ainda que não foi comprovada experiência da Molinari (integrante do consórcio Signalling) no fornecimento de um sistema de sinalização que proporcione a operação sem a presença de um operador nos trens.
Já a Signalling insiste que houve falta de isonomia na análise das propostas e que não teve chance de corrigir possíveis inconsistências. O Metrô acabou assinando o contrato com a BYD, a ordem de serviço foi assinada, mas está barrada na justiça, após conceder um efeito suspensivo solicitado pelo consórcio Signalling.