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Recordar é viver

O tempo em que trens viajavam com portas abertas e o surfe ferroviário

O transporte por trilhos operados pelas companhias de trens metropolitanos carecem de melhorias. Mas cenas que eram vistas com frequências décadas atras, hoje ficaram no passado, como pessoas penduradas nas portas e o famoso surfe ferroviário, onde passageiros se aventuravam em cima das composições.

As praticas foram sendo deixadas de lado, sobretudo pela introdução de novos trens nos sistema, que só partem se estiverem com todas as portas fechadas.

Em São Paulo no anos de 1996, segundo dados do Governo Estadual, 29 pessoas caíram nos trilhos e morreram, 351 pingentes com ferimentos e 3.656 retirados das portas. Já durante o ano de 2003, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) houve um caso fatal de surfista, um não fatal e 13 pessoas acabaram retiradas de cima dos trens.

Em 2007 a empresa adotou a “Operação Portas fechadas”, com o fim da circulação de trens com portas abertas na Linha F (atual Linha 12), a única em que esta situação ainda persistia.

Já na SuperVia, a operadora dos trens metropolitanos no Rio de Janeiro, até pelo menos 2013 haviam trens circulando com as portas abertas. Naquele ano, a operadora fazia uma ação conjunta com a polícia para coibir a pratica. E desde então, a cena tem sido mais rara.

O Surf ferroviário no Rio também começou a ser combatido em meados de 2007, também coma a ajuda da polícia. Naquele ano, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nove “surfistas ferroviários”. No Rio, alguns dos aventureiros chegaram a ser presos e responderam processos.

Além do perigo para os surfistas, as ocorrências causavam prejuízos também aos outros passageiros. Em 1988, um surfista morreu em cima de um trem no ramal Japeri no horário de pico, paralisando toda a linha. Os usuários revoltados, depredarem 10 trens, incendiaram outros dois. Na época, o prejuízo financeiro ficou em 10 milhões de dólares. Naquela época, era pelo menos uma morte por semana nos trilhos cariocas.

No Rio, os surfistas tinha até uma gíria própria, como cara de lata que era o trem, PF que era a polícia, e Zé Maria, que era o surfista novato ou até um espirito que puxava os outros surfistas.

 

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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