O Governo da França impôs algumas condições para a empresa Aérea Air France, caso a operadora receba ajuda federal. O setor aéreo mundial sofre graves consequências por conta da pandemia do novo coronavírus, sendo que especialistas da aviação apontam como a pior crise no setor.
Uma das três condições impostas a empresa aérea em troca de um pacote de ajuda de 7 bilhões de euros é deixará de competir com os serviços de trens de alta velocidade, o TGV.
“Quero reiterar que esse apoio à Air France não é um cheque em branco”, disse o ministro da Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, ao Comitê de Assuntos Econômicos da Assembléia Nacional no dia 29 de abril.
A proibição de viagens aéreas domésticas de curto curso será aplicada a rotas em que os trens oferecem um tempo de viagem de 2h 30min ou menos. Isso significa que a Air France não poderá mais vender bilhetes para viagens domésticas em voos entre Paris e Bordéus, Lyon, Nantes ou Rennes. Somente os passageiros que usam esses voos para se conectar com voos para outros destinos poderão viajar de avião.
“O avião não deve mais ser um meio de transporte [de pessoas] em uma hora ou uma hora e 15 minutos, o que pode ser feito a um custo menor de CO 2 de trem em duas horas ou duas horas e 30”, disse Le Marie à BFM TV.
Baixa emissão de poluentes
Le Marie quer que a Air France seja mais lucrativa, mais competitiva e uma companhia aérea mais ecológica. A operadora terá que reduzir suas emissões de CO 2 por passageiro-km em 50% entre até 2030, e reduzir as emissões de CO 2 em seus voos de curta distância em 50% até o final de 2024. A Air France também terá que atingir a meta de usar 2% de seu combustível de fontes sustentáveis até 2025.