Os intervalos entre trens da Linha 2-Verde do Metrô deve ser reduzido dos atuais 128 segundos para 100 segundos no horário de pico, de acordo com informações publicadas no Relatório Integrado 2019 da companhia, disponibilizado em seu site.
O cenário previsto para ser implantado quando o eixo metroviário cruzar com a Linha 3-Vermelha, quando a expansão entre a Vila Prudente e a Penha foi concluída. A expectativa é que as obras sejam iniciadas neste ano, e concluídas em 2025.
Com este intervalo, a Linha 2-Verde terá um dos intervalos mais baixos do sistema metroferroviário. Atualmente, o meio de transporte que liga a Vila Prudente até a Vila Madalena tem o quarto tempo menos entre a passagem de um trem e outro, atrás das Linhas 4-Amarela com 110 segundos no pico, 3-Vermelha com 119 segundos no pico, e a Linha 1-Azul com 125 segundos no horário de maior movimento.
A redução poderá ser feita por conta do sistema de sinalização CBTC (por sua sigla do inglês Communications-Based Train Control), em português sistema de Controle de Trens Baseado em Comunicação.
Entenda o “CBTC”
Os sistema oferece a possibilidade de uma comunicação digital bilateral entre as composições e a infraestrutura de linha. As informações são transmitidas em tempo real à central de controle e a cada trem. No sistema atual, a movimentações das composições é feita através de blocos. No CBTC, este movimento será feito virtualmente ou por meio de comunicação via frequência de rádio. O novo sistema além de aumentar a capacidade de transporte da linha, reforça a segurança.
Especialistas apontam o CBTC como solução para automatizar a movimentação dos trens, e integração do sistema de comunicação onde há basicamente três redes: uma cabeada interligando todas as estações, pátio e centro de controle, uma rede de rádio comunicação wireless interligando trem e equipamentos de via (IEEE 802.11 g/a – 5.8 GHz) e uma rede Etehernet interligando os sistemas do trem.
No caso da implantação das linhas 1 e 3 do metrô de São Paulo, o CBTC esta sendo implantado de forma a integrar outros sistemas como por exemplo, de transmissão digital, monitoração eletrônica, multimídia, controle de portas de plataforma e apoio à manutenção.
Linhas sem condutores?
Quando concluída, será possível que os trens operem sem condutores, no sistema driverless, o que não significa que de fato irá acontecer por envolver questões políticas.
No caso da manutenção, será permitido o monitoramento em tempo real de todos os equipamentos do sistema, como sistemas de frenagem, de tração, de portas e de alimentação elétrica, permitindo assim, que as principais causas de falhas que afetam o movimento do trem possam ser prontamente diagnosticadas.