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Trem de passageiros foi cogitado no Ramal ferroviário entre Suzano e Rio Grande da Serra

Você sabia que existe uma ligação ferroviária entre Suzano e Rio Grande da Serra sem passar pela cidade de São Paulo?

O chamado Ramal de Suzano é uma ligação ferroviária, em bitola larga, ou seja, 1,6m que liga a cidade de Suzano á cidade de Rio Grande da Serra. A via parte do Ramal de São Paulo, na Estação Suzano, cruza um pequeno trecho de Ribeirão Pires, até chegar a Estação Rio Grande da Serra, onde se conecta com a antiga Linha Santos-Jundiaí, hoje operacional pela linha 10 da CPTM.

Apesar de nunca ter levado passageiros, prefeituras já tentaram implantar o serviço.

O ramal foi construído em 1971 pela Rede Ferroviária Federal (RFFSA), com o objetivo de evitar o compartilhamento da malha ferroviária entre os trens urbanos de passageiros e os trens de cargas que vem do Vale do Paraíba rumo porto de Santos.

Sem esta ferrovia, os cargueiros teriam que seguir pelo Ramal de São Paulo até a Estação Brás para acessar a Linha Santos-Jundiaí e daí seguir em direção ao porto, utilizando grandes trechos que formam a malha dos trens urbanos de passageiros, atualmente da CPTM.

Além do fim do compartilhamento em parte da malha, a ligação de aproximadamente 28 km de extensão entre a Estação Suzano e a Estação Rio Grande da Serra, encurtou o trajeto original, que passava pelo Brás, em cerca de 40 km.

Por conta dos conflitos gerados pelo compartilhamentos, em 2014 a concessionaria MRS Logística concluiu a chamada Segregação Leste, uma linha de 12 km de extensão, que segue paralela aos trilhos da CPTM entre a Estação Engenheiro Manuel Feio e a Estação Suzano, sendo exclusiva para trens cargueiros, eliminando o compartilhamento. A Segregação Leste passou a ser uma “extensão” do Ramal de Suzano até o início da Variante do Parateí, em Itaquaquecetuba.

Após reivindicação por parte da população, e até discussões da Câmara de Suzano para levar atendimento de trens de passageiros neste ramal, a CPTM descarta qualquer projeto na região.

A administração publica alega que existe um contrato de 1990 que assegura o transporte de passageiros no local.

Mas a CPTM diz que a atividade econômica do local também é insuficiente para receber o atendimento de um serviço de transporte de alta capacidade. Os trens da CPTM estão em regiões com demanda de mais de 20 mil passageiros por hora e sentido.

Vale lembrar que parte da via que corta a região é singela e não eletrificada.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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