Quem passa pelo litoral sul de São Paulo, principalmente pelas cidades de Praia Grande, Mongaguá, Itanhém e Peruíbe, pode observara existência de uma ferrovia paralela a costa.
Se trata do antigo eixo chamado de Santos-Juquiá, anteriormente conhecido como Ramal de Juquiá, onde a via contém a bitola métrica, que liga o Porto de Santos, com a cidade de Juquiá, passando pela costa.
Em 1986, foi construída pela Fepasa a Extensão Juquiá-Cajati, prolongando a linha em 70 km, passando por Registro e chegando a Cajati. Os trilhos transportaram passageiros e cargas entre os anos de 1915 e 1997, mas acabou sendo suprimido.
O eixo conta com 200 km atualmente é de responsabilidade da Rumo, que após estudos ambientais, econômicos e técnicos foi diagnosticada a inviabilidade do escoamento de cargas.
Segundo uma publicação do Jornal Folha de São Paulo, o cenário descrito acima abre a possibilidade de um nova utilização, como Veículos Leves sobre Trilhos – VLT ou trens turísticos, desde que a concessão saia das mãos da operadora.
A publicação da conta de que o mercado ferroviário avalia que é um trecho ruim para cargas e que o custo para recuperá-lo ultrapassa R$ 300 milhões, mas que o investimento pode compensar para abrigar um VLT entre Santos e Itanhaém ou Peruíbe. Outra hipótese é usar trechos da ferrovia para trens turísticos entre municípios.
A ida no VLT, no entanto, não está nos planos de curto e médio prazo da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU em estender o meio de transporte enquanto não for concluída a segunda e terceira fase do metrô leve entre Santos, São Vicente e Praia Grande.
Jé em um encontro de prefeitos no Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Vale do Ribeira e Litoral Sul (Codivar), ocorrido em 2017, foi proposta a reativação de 66 km de ferrovia entre Mongaguá e Pedro de Toledo, para implantação de Trem Turístico movido por uma Locomotiva antiga Maria Fumaça.
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