Após passageiros de ônibus notarem falta de troco em coletivos do Rio de Janeiro, e o Ministério Público apurar as causas, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb Rio) vem a público defender os motoristas, alegando que o problema não é por culpa dos trabalhadores.
“Para acabar não se indispondo com o passageiro, eles às vezes dão R$ 0,10 de troco. Porém, no final do dia, a prestação de conta acaba não batendo e eles precisam assinar um vale com o valor de diferença para serem descontados no fim do mês”, afirma Sebastião José, representante do sindicato, em entrevista ao “jornal Extra”
Segundo o MP, as viações acabam lucrando irregularmente com esse valor. O serviço tem “lesado os consumidores, uma vez que o valor da tarifa não é arredondado para menos ou reduzido, a fim de facilitar o troco. Com isso, motoristas e cobradores não devolvem valores, e as empresas acabam lucrando irregularmente” com os valores, afirma a 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e Defesa do Consumidor e do Contribuinte do MPRJ.
“O MPRJ requer no inquérito que a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) também se manifeste sobre a reclamação dos contribuintes, esclarecendo ‘se consta contra o investigado a aplicação de alguma penalidade administrativa referente aos fatos em análise’, remetendo à Promotoria, se existirem, os autos de infração respectivos”, diz o MP.
Outro lado:
“O Consórcio lembra ainda que o passageiro também pode optar pelo uso do cartão RioCard. Com ele, o usuário pode recarregar todas as passagens do mês pelo site (recargafacil.riocard.com); máquinas de recarga espalhadas nas estações de BRT, metrô e VLT; e lojas da própria rede, podendo fazer o uso de cartões de débito, boleto bancário ou dinheiro”, disse a nota do RioÔnibus.