En uma das justificativas ao Trubunal de Contas do Estado para privatitzar a linha 17 – ouro, o Metrô argumenta que o monotrilho da linha 17 – ouro, que ligará o Aeroporto de Congonhas a estação Morumbi, da linha 9 – esmeralda, da CPTM, será deficitária.
O projeto original previa mais 2 fases de obra, fazendo com que o ramal chegassem uma ponta a linha 4 – amarela, na estação São Paulo – Morumbi, e na outra ponta a estação Jabaquara, da linha 1 – azul.
O Metrô estima um custo de operação de R$ 6,71 por passageiro, muito acima do preço atual da tarifa da rede, de R$ 3,80.
A licitação para concessão da linha 17 – ouro, junto com a 5 – lilás, está suspensa pelo TCE desde setembro.
De acordo com a reportagem do jornal Folha de São Paulo desta quinta, 19, o tribunal de contas também questiona a união da operação de duas linhas com tecnologias diferentes –uma é metrô e outra, monotrilho.
O secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirmou à Folha que, na atual situação, não é mais possível pensar nas duas linhas dissociadas.
Para ele, a proposta original e mais extensa da linha 17 já não serve para efeito de comparação. “Aquele projeto não existe mais. A prioridade é terminarmos aquilo que nós temos. Agora, eu não tenho condições de construir as outras estações [previstas no primeiro projeto].” O secretário disse que provará no TCE que a concessão das duas linhas em conjunto é a melhor modelagem.
Outro ponto controverso do edital é a previsão de pagamento de multa ao concessionário caso o Governo do Estado não entregue até dezembro as estações prometidas, principalmente Santa Cruz e Chácara Klabin, que fazem conexões com as linhas 1 – azul e 2 verde, respectivamente.
Caso isso ocorra novamente, a gestão Alckmin se compromete a pagar R$ 1,02 à futura concessionária da linha 5-lilás para cada passageiro transportado em um trecho sem as conexões com as linhas 1 e 2. A ideia é compensar a futura concessionária com esse dispositivo.
O Metrô afirma que prestará esclarecimentos aos questionamentos feitos pelo TCE –com a intenção de derrubar a suspensão da concorrência. A estatal disse que resolveu conceder a linha 17-ouro –num pacote com a linha 5 –devido à “oportunidade de racionalizar custos operacionais garantindo a qualidade dos serviços”.
Fonte: Folha de São Paulo
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