Uma boa notícia finalmente nesta quarta, 6. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos emitiu nota em que diz ter recebido uma proposta formal de um consórcio de empresas asiáticas para a aquisição integral da linha. O consórcio é formado por duas empreiteiras chinesas (China Railway Capital e China Railway First Group) e um grupo de investidores japoneses liderados pelo conglomerado Mitsui.
Segundo o governo paulista, após a entrega da proposta, ainda é necessária a apresentação de todos os documentos necessários para a transferência, entre eles garantias de empréstimos de longo prazo do BNDES. O prazo para esse processo é de 90 dias, e o contrato deve ser assinado após o cumprimento dessas exigências. O secretário estadual dos transportes, Clodoaldo Pelissioni, espera que no início de 2018 as obras já possam ser retomadas. “O ritmo não tem sido o esperado por nós, mas com certeza foi uma solução melhor do que decretar caducidade [extinção] do contrato e fazer uma nova licitação para as obras”, disse Pelissioni.
O governo estadual tinha dado até o próximo dia 9 de outubro um prazo para que o consórcio responsável pela linha 6-laranja encontrasse uma saída para a suspensão das obras.
As duas empresas chinesas são subsidiárias de um mega-grupo de construções, o China Railway Group, que há três anos figura entre as 500 maiores fortunas mundo, segundo a revista “Fortune”. No ano passado, o grupo estava na posição 55, entre as grandes fortunas do globo.
A empresa, majoritariamente estatal, tem participações de projetos em 90 países, incluindo Emirados Árabes, Estados Unidos, Angola, Argéria, além de projetos e construções na Antártica.
Com isso, a previsão do governo do Estado é que a construção da linha laranja seja retomada em janeiro de 2018. O secretário de Transportes, Clodoaldo Pelissioni, afirmou “estar muito satisfeito com o êxito da negociação” e ressaltou o impacto que a linha terá nos moradores das zonas norte e oeste, e dos universitários que seriam beneficiados.
O governo afirma ainda que não há pendências suas com a concessionária impedindo a retomada das obras, que estão em 15% do total, e diz ter feito o aporte de R$ 694 milhões para pagamento de obras civis e R$ 979 milhões para pagamento das desapropriações de 371 ações envolvendo a linha. Além disso, aplicou multas à Move SP que somam R$ 27,8 milhões
Fonte: Folha de São Paulo