Acontece neste sábado, 16 de setembro, das 10h no Salão Nobre / 8° andar – da Câmara dos Vereadores de São Paulo a audiência pública sobre os três projetos de lei que visam equacionar o não cumprimento, por parte das empresas de ônibus, do artigo 50 da Política Municipal de Mudança do Clima, segundo o qual a cidade deveria ter 100% de sua frota de transporte público municipal movida a combustíveis limpos no ano que vem.
Além de uma nova data para o fim do uso do diesel no transporte público de São Paulo, os projetos dos vereadores Milton Leite (presidente da Câmara), Gilberto Natalini e Caio Miranda incluem outros pontos.
Resumidamente:
- A proposta de Milton Leite, presidente da Câmara dos Vereadores, não dá prazo para o fim do uso do diesel como combustível dos ônibus, porém retoma a necessidade de inspeção para todos os veículos usados pelo poder público municipal, caminhões utilizados no CEAGESP, ônibus intermunicipais e fretados.
- A proposta de Gilberto Natalini dá prazo de 20 anos para o fim do uso do diesel no transporte público de São Paulo.
- A proposta de Caio Miranda reduz esse prazo para 10 anos, mas não define sanções para quem não cumprir a lei, apesar do fato de que o projeto visa justamente equacionar o cumprimento de uma lei já existente.
Neste link você pode acessar uma tabela comparativa mais detalhada.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE
- A poluição mata duas vezes mais que o trânsito em São Paulo.
- Mais de 3 mil mortes serão causadas neste ano por problemas de saúde agravados especificamente pelas emissões de poluentes da frota de ônibus a diesel.
- Somente o diesel, combustível usado em praticamente toda a frota de ônibus da cidade, será responsável por 178 mil mortes em 30 anos, com um custo de R$ 54 bilhões apenas em internações. Quase 13 mil mortes até 2050 podem ser evitadas se os ônibus municipais passarem a usar combustíveis renováveis.
- Ficar parado no trânsito de São Paulo por duas horas equivale a fumar um cigarro.
- A poluição do ar é, comprovadamente, a causa do câncer de pulmão (o mais letal dos tumores) e de bexiga, como também é responsável por doenças cardio e cerebrovasculares, tais como arritmia, infarto do coração e derrame cerebral, e está relacionada à metade dos casos de pneumonia em crianças.
- Segundo a OMS, a poluição do ar no mundo causou 8 milhões de mortes precoces em 2015 e, atualmente, é a principal causa de morte por complicações cardiorrespiratórias relacionadas ao meio ambiente.
- A ecofrota da capital, que já teve 1.846 veículos em 2013, tem hoje apenas 212 carros movidos por algum tipo de energia limpa – menos de 1,5% do total de 14.511 ônibus da frota municipal veículos.
Fonte: Assessoria de Imprensa AVIV