O Governo de São Paulo prorrogou pela quarta vez o contrato com o Consórcio Vem ABC para construção da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutr). A obra ainda nào saiu do papel e o problema segue com as desapropriações, que são de responsabilidade do governo estadual.
O contrato com a concessionária, via PPP, foi assinado em 2014 onde previa-se que o Governo faria as desapropriações e a iniciativa privada construiria e operaria a linha de monotrilho.
Alckmin queria assinar um contrato de US$ 182,7 milhões com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), mas, segundo o governo federal, não apresentou laudos de capacidade financeira para arcar com as parcelas. Sem o aval da Cofiex (Comissão de Financiamento Externo), vinculada ao Ministério do Planejamento, o negócio foi vetado.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo informou ao Diário do Grande ABC que descartou as discussões que travava com o Banco do Brasil para pegar empréstimo nacional e iniciar as desapropriações.
“As taxas apresentadas pelo Banco do Brasil não se mostraram favoráveis ao governo do Estado de São Paulo para o financiamento em questão”, disse a Pasta. “Encontra-se em consulta pública no Ministério da Fazenda a nova metodologia de cálculo de rating (nota de crédito) do Estado. Com uma nota melhor, o governo do Estado de São Paulo poderá dar andamento à Linha 18-Bronze, captando recursos para as desapropriações.”
Por nota, ao jornal, Por nota, o Consórcio Vem ABC, formado pelas empresas Primav, Cowan, Encalso e Benito Roggio, refutou realizar as desapropriações e depois pedir ressarcimento ao governo estadual. “Essa é uma atribuição do Estado, de acordo com o contrato de concessão patrocinada. As ações necessárias à prorrogação contratual estão sendo mutuamente tomadas.”
“Viabilizado o recurso para as desapropriações e emitida a declaração de início do prazo de vigência da concessão, o parceiro privado, incumbido de implantar e operar a Linha 18-Bronze, terá até um ano para conclusão dos projetos executivos de engenharia, até três anos para execução das obras e 21 anos para exploração comercial”, reforçou o governo do Estado. Não há previsão de entrega da linha visto que não há prazo para início da obra.
Fonte: Diário Grande ABC