O prefeito de São Paulo, João Doria, concedeu entrevista a Folha de São Paulo nesta segunda-feira, 10. Vários temas foram abordados como aprovação recorde no período para um prefeito na cidade, zeladoria e doações empresariais.
No âmbito de mobilidade urbana, Doria foi questionado se pretende aumentar a tarifa do ônibus acima da inflação em 2018 e comentou sobre a função de cobradores de ônibus. A nova licitação para o transporte na cidade deve durar 10 anos.
“Não. Estamos preparados para fazer o que estamos fazendo: estudando e analisando com cuidado, compartilhando com as empresas, levando em conta que a cidade tem uma grande concessão para ser renovada.
Já determinei inclusive que ela será de dez anos, a metade do período atual. Vinte anos é um tempo demasiadamente grande para oferecer um serviço desse tipo. Entre outras medidas, isso não é polêmico porque há uma equação que está sendo feita, para gradualmente reduzir cobradores dentro dos ônibus.
Não faz sentido no século 21 preservar cobradores em ônibus. Nenhuma cidade civilizada do mundo tem cobrador dentro de ônibus e isso representa um custo altíssimo [R$ 800 mi/ano]. Nosso entendimento é que isso vai ser feito ao longo desses quatro anos, gradualmente. Nenhum cobrador será desempregado. Os cobradores, treinados, poderão ser motoristas ou atuar no plano administrativo.
O Bilhete Único representa 92% de toda utilização do serviço. Só 8% das pessoas pagam em dinheiro na catraca. Não faz sentido gastar R$ 800 milhões por 8% de um serviço que pode ser 0%.”
Doria também disse novamente que deve rever as gratuidades.