Após a Ciclocidade – Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo, ter entrado na justiça contra o aumento nas velocidades nas marginais Tietê e Pinheiros, em São Paulo, o juiz Luís Manuel Fonseca Pires, do Tribunal de Justiça de São Paulo – TJ-SP, decidiu atender o pleito do movimento, e suspendeu os aumentos .
A gestão do prefeito João Doria pretendia retomar os limites no próximo dia 25 de Janeiro, no dia do aniversário da cidade.
A justiça ainda quer que poder público apresente novos estudos que comprovem que não há riscos para motoristas, motociclistas, ciclistas, pedestres e passageiros.
“Não dá para testar programas desse porte em vidas humanas”, afirma Rene Fernandes, diretor da Ciclocidade. “Quando o presidente da CET fala do programa Marginal Segura, considera melhorar a fluidez do tráfego e o número de veículos, mas ignora a possibilidade de atropelamentos e colisões que vão ocasionar lesões corporais e mortes”, completa.
Já a gestão Doria aposta em Engenharia de Trânsito para evitar mortes, sobre o argumento de que os óbitos ocorridos nas marginais estão relacionados a outros fatores, que as baixas das velocidades, como ambulantes e motociclistas.
“Dois terços dos acidentes nas marginais são com pedestres e motociclistas. Nós temos que eliminar esses fatores de riscos.”, disse o Secretário Municipal dos Transportes e Mobilidade, Sergio Avelleda, em uma coletiva quando apresentou o programa “Marginal Segura”.
“…estamos investindo em políticas públicas de qualidade e na engenharia de trânsito, que não vamos abrir mão.”, afrima Avelleda.