Júlio Semeghini, futuro secretário da gestão Doria na prefeitura de São Paulo, não garantiu que o Governo do Estado irá congelar as tarifas do Metrô e da CPTM em 2017. Em campanha, o prefeito eleito prometeu não subir as tarifas dos ônibus municipais na cidade no próximo ano, porém isto causará um imbróglio ao governo do estado pois as tarifas, geralmente, sobem todos os anos e ficam no mesmo valor, tanto para o transporte municipal quanto para o estadual.
Para garantir o não aumento, Doria diz que deve bancar um valor de R$ 500 milhões a mais em subsídios. Outro problema é que para fechar as contas deste ano, a gestão Haddad ainda precisa de mais R$ 750 milhões para cobrir os benefícios dados com a redução da idade mínima para gratuidade de 65 para 60 anos e do passe livre para estudante, além da implantação do bilhete único diário, semanal e mensal.
Este ano, a prefeitura já destinou 1,79 bilhões ao sistema de transporte, que durou até meados de setembro, que incluem as gratuidades.
“Estamos discutindo com a equipe do prefeito Fernando Haddad como vamos resolver para não dar o aumento da inflação (em 2017) e como será a estratégia de recuperar essa perda com aumento dos subsídios (de 2016) ”, disse Semeghini.