Foto: Sergio Mazzi
O Tribunal de Contas do Estado questiona o Governo Estadual sobre as obras do monotrilho da Linha 17-Ouro [Morumbi-Aeroporto de Congonhas], em cerca de 60 pontos que deverá ser esclarecido pelo Metrô. Assinado pelo Conselheiro Antônio Roque Citadini, o documento questiona a escolha do modal, que deveria ter sido entregue em 2014.
“Os atos praticados na execução dos serviços descaracterizaram o objeto (sistema de transporte por monotrilho), cujas características são a rapidez da instalação, baixa quantidade de desapropriação e menor interferência na rotina urbana”, diz o relator.
Uma das justificativas do Governo do Estado na escolha do modal, quando foi anunciado as obras da Linha 17, era a rapidez nas construções, em comparação com outros sistemas.
Citadini fez duras criticas ao projeto em si, afirmando que o Metrô “embarcou em uma aventura”. “Os elementos existentes no processo demonstram que a Companhia do Metropolitano de São Paulo embarcou em uma aventura, quando decidiu construir a Linha 17 – Ouro“, afirma.
Outro ponto levantado é referente ao custo da obra, que na avaliação do TCE saltou de R$ 1,7 bilhão para R$ 3,17 bilhões, sem incluir as estações.
A companhia terá o prazo de 30 dias para encaminhar suas respostas ao TCE-SP. Em resposta ao jornal “O Estado de São Paulo“, o Metrô disse que consórcios abandonaram as obras, causando paralisação nas construções, e posteriormente tiveram contratos rescindidos.
A companhia afirma também que as obras que estavam paralisadas em quatro estações foram retomadas, e que em breve os trabalhos que dizem respeito a trens e vias deverão ser retomados em breve. O Metrô diz ainda que deve prestar todos esclarecimentos.