Construções do monotrilho da Linha 17-Ouro, entre Morumbi e Congonhas - Foto de Sergio Mazzi
Monotrilho

Secretário de Transportes fala sobre encarecimento do monotrilho

Foto: Sergio Mazzi

Em respostas à reportagens sobre questionamentos do Tribunal de Contas do Estado – TCE, sobre o andamento das obras e custos da Linha 17-Ouro, o Secretário Metropolitano dos Transportes, Clodoaldo Pelissioni concedeu entrevista à rádio CBN, na manhã desta quinta-feira, 11 de Agosto.

Pelissioni diz que o custo das oito estações do monotrilho não constava no contrato principal, e foi licitado posteriormente. Segundo ele, as obras deverão ficar em torno de R$ 300 milhões o quilômetro, o que é um “valor mais do que compatível internacionalmente com os monotrilho no mundo”, nas palavras do titular da pasta.  Na avaliação do TCE, o custo da obra saltou de R$ 1,7 bilhão para R$ 3,17 bilhões, sem incluir as estações.

A fala do secretário é em resposta a uma frase do Conselheiro Antônio Roque Citadini, que no documento com mais de 60 questionamentos, disse que o Metrô “embarcou em uma aventura”. (relembre aqui).

Prazos

Em relação aos prazos, Pelissioni disse na entrevista que a obra já havia sido retirada da copa do mundo, e que o Metrô teve dificuldades com fornecedores. “Nunca escondemos de ninguém os problemas que tiveram, com o abandono de 3 contratos.”, diz o secretário referente a quebra de contratos das construções que acabaram por atrasar as obras.

O titular da pasta afirma que o novo cronograma da conte de que o monotrilho do Morumbi inicie a operação assistida em 2018, com previsão de operação plena em 2019.

Em um tom mais duro, Pelissioni ainda criticou nas entrelinhas a forma com que a imprensa trata as obras. “Infelizmente as vezes os órgãos das imprensa tratam o metrô como a parte da crise toda”, diz o secretário referente a problemas enfrentados pelas construtoras com a operação Lava-jato, da polícia federal

Ciclovia

A respeito do questionamento da TCE sobre a ciclovia auxiliar na marginal Pinheiros, sobre responsabilidade do Metrô, o secretário disse que a via é a “melhor ciclovia de São Paulo”. O metro construído pela estrutura ao lado do Rio Pinheiros custou R$ 1.258 por metro construído. Já as feitas pela prefeitura, cerca de R$ 200 o metro.

O secretário explica que na via sobre responsabilidade do Estado foram instaladas passarelas metálicas e o pavimento teve que ser reforçado. Diz também que por 100 dias, o Metrô transportou gratuitamente os ciclistas, enquanto a ciclovia auxiliar era implantada.

Entrevista completa:

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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