O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, vê a concessão de serviços de mobilidade ao setor privado, como única alternativa de deslanchar o projeto do Metrô de Porto Alegre. Em entrevista ao jornal Zero Hora, Padilha diz ainda que a Trensurb deve ser incluído no pacotão, que contempla a concessão de aeroportos, portos e rodovias.
Na avaliação do ministro, faltam recursos para colocar os projetos de pé. “…não vamos ter dinheiro federal para os investimentos. Vamos lembrar que em 1997 (Padilha era ministro dos Transportes) eu quis iniciar o metrô de Porto Alegre e me foi dito pelo prefeito (Raul Pont) que não necessitava, porque o sistema de ônibus era muito bom. Agora, o governo não tem dinheiro para fazer”, afirma Padilha.
O ministro não afasta de promover Parcerias Público Privados. “Concessão precisa da participação do setor público porque a iniciativa privada, nos termos em que foi colocado o estudo, ainda não vê viabilidade. Poderemos lançar nova PMI (proposta de manifestação de interesse)”. Sobre a Trensurb, Padilha diz também que poderá ter uma “concessão conjunta”, com o Metrô.
Metrô Leve
Apesar de chamar de Metrô, um site da prefeitura da capital gaucha da conta de que o modal será o “metrô leve com alimentação elétrica”. Em algumas localidades, o termo é atribuído aos Veículos Leves Sobre Trilhos, e em outros, composições mais robustas, porém menores que o metrô pesado.
De acordo ainda com a prefeitura, o projeto será baseado em um modelo de integração com os sistemas de BRTs (Bus Rapid Transit) e com o Trem Metropolitano (Trensurb), sendo uma ação estruturante não apenas para a Capital mas para toda Região Metropolitana.
Já existe desenhado uma fase 1, com 14,88 km, e 13 estações, distribuídas entre as proximidades da Esquina Democrática e a FIERGS, na Zona Norte. O serviço deve atender a 300 mil passageiros por dia útil por meio de 25 composições de quatro carros, oferecendo intervalos de 180, 120 e até mesmo 90 segundos entre um embarque e outro.