Ônibus com Wi-fi e ar condicionado. Estações do Metrô com portas plataformas e trem automatizados. O sistema de transporte paulistano acompanha tudo que há de mais novo e tecnológico mundo a fora, com a exceção de um item: a recarga de bilhete.
Nas ultimas semanas, quem passava pelas estações do Metrô presenciava longas filas tanto na recarga do cartão quanto na fila de compra do bilhete comum. O problema ganhou força em dezembro de 2015 com a suspensão da venda pela Rede Ponto Certo, que operava 2/3 das máquinas de autoatendimento.
O Metrô na ocasião, disse em nota que a responsabilidade era da SPTrans, e que os espaços era apenas alocados pela Companhia. Com a falta de opção, algumas estações já registraram vendas paralelas. Somado ao aumento da passagem, outras paradas já venderam bilhetes “com desconto” por conta da falta de troco.
Algumas perguntas ficam no ar: por que não disponibilizar mais maquinas de recarga? Por que a SPTrans, responsável pelo sistema, não implanta meios de pagamento online, sem que o passageiro tenha que validar o cartão em máquinas de auto-atendimento, após a compra pela internet? Por que não existe convênios com a rede bancaria para a recarga?
Em 2015, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, sancionou uma lei que autoriza o município a disponibilizar um sistema onde o usuário poderá verificar o saldo e o histórico de utilização do seu bilhete único pela Internet. No entanto, não existe prazo ainda para a implantação da funcionalidade, e o usuário só pode consultar o saldo, ou indo em uma das maquinas instaladas nas estações ou terminais ou por aplicativo de celular, desde que o aparelho tenha a função NFC.
O Metrô de São Paulo também anunciou que pretende licitar novas empresas para complemento das vendas. (leia mais). Enquanto isso o passageiro deve se precaver em carregar seu bilhete com antecedência, para evitar futuras surpresas.