A linha 4 do Metrô Rio pode atrasar caso um novo financiamento não seja liberado para o Governo do Estado. O Ministério da Fazenda está demorando para dar o aval para o BNDES liberar o novo empréstimo. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, foi a Brasilia conversar com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Este por sua vez disse que dára seu parecer em até 10 dias.
O secretário estadual dos Transportes, Carlos Roberto Osorio, deixou claro nesta quinta, 10, que os trabalhos vão atrasar se o Ministério da Fazenda não autorizar a liberação, este mês, de R$ 445 milhões do financiamento do BNDES já aprovado pelo Tesouro. Segundo ele, outros R$ 500 milhões, que não estavam previstos no projeto original, também são necessários para a solução imediata de imprevistos.
“Esses recursos são indispensáveis para a conclusão da obra no prazo olímpico, que terminará em julho. De qualquer forma, estamos confiantes que Levy vá liberar esse dinheiro a mais”, disse Osorio.
Osorio citou alguns serviços que encareceram a obra, como a construção de dois túneis, em vez de um, entre o Jardim Oceânico, na Barra, e a Rocinha.
“Houve uma mudança da regulamentação internacional. Não poderíamos construir apenas um túnel de cinco quilômetros. Passamos a ter que abrir dois. E, a cada 200 metros, também tivemos que fazer conexões entre ambos, que poderão ser utilizadas como passagens de emergência”, informou o secretário.
Outros motivos que Osorio informa que encareceram a obra são:
– uso de escoramentos no subsolo das ruas Barão da Torre e Visconde de Pirajá, em Ipanema. A intervenção foi feita para evitar novos afundamentos após o acidente, em maio, com o tatuzão, equipamento usado para perfuração. Na ocasião, duas crateras se abriram no bairro;
– duplicação do tamanho da estação da Gávea. Caso o Governo federal libere recursos, a gestão estadual já deixa pronto um rabicho para a expansão do trecho entre o Jardim Botânico e Botafogo;
– proibição da circulação de caminhões pelo Elevado do Joá: caminhões que levavam o entulho das explosões para a abertura do túnel entre São Conrado e Barra tiveram de mudar de percurso até Jacarepaguá, onde descarregavam o material.
Com as informações de “O Globo“