Transporte sobre pneus com a regularidade dos trens e metrô. Este é o conceito do projeto CityMobil, em parcerias com universidades europeias, afim de se obter a utilização mais racional do tráfego, e conseqüentemente menos congestionamento e poluição e maior qualidade de vida.
Os estudos contemplam diversos modais de transportes, como people mover, micro ônibus sem condutores e até um sistema de trólebus que opera com guias, economizando espaço urbano.
O sistema foi projetado para integrar as cidades de Castellón e Benicassim, na Espanha. “combina a regularidade do sistema ferroviário com a flexibilidade e o baixo custo do sistema de ônibus”, diz um comunicado da organização.
Trata-se de um veículo com leitores óticos que interpretam a sinalização no pavimento para condução do veículo. Um ônibus com 2,5 metros ou 2,6 metros de largura precisa de uma faixa entre 3,75 metros e 4 metros. Com a tecnologia, as variações de movimentos são menores, havendo mais segurança para uma faixa mais estreita.
O trólebus é dotado de baterias, dando flexibilidade ao veículo se locomover sem a conexão dos cabos elétricos.“A mudança do automóvel para uma abordagem multi-modal é a tendência preferida. Aqui podemos pensar em ônibus, trens, metrôs e outros modos de transporte”, diz a organização.
São Paulo já teve um projeto de trólebus guiado
A concepção original do Expresso Tiradentes, o chamado Fura-fila, previa trólebus guiado, por meio de um sistema instalado ao lado das rodas, e guias junto ao pavimento.
A tecnologia foi testada no autódromo de Interlagos e no trecho entre o Terminal Mercado e a Praça Alberto Lion, mas foi abandonado na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy junto com a desativação de 40% do sistema trólebus da cidade entre 2002 e 2004.
Mais adiante o ex-prefeito José Serra inaugurou o corredor com operação de ônibus a diesel e híbrido, e não se falou mais em trólebus no trecho.