Foto: Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas
Poluição do ar e stress não são as únicos efeitos das longas e intermináveis filas de congestionamento. O trânsito nosso de cada dia também traz impactos a economia. É o que revela um estudo da Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. Os prejuízos estão na casa dos R$ 111 bilhões anuais.
A conclusão esta ligada à chamada produção sacrificada, isto é, recursos que deixaram de ser produzidos pelo tempo perdido nos congestionamentos das metrópoles brasileiras. Foram considerados cursos ou atividades que gerariam renda extra e até a perda de desempenho do trabalhador que já chega cansado no posto de trabalho.
Foram analisadas deslocamentos e dados econômicos de 601 municípios brasileiros que formam 37 regiões metropolitanas no País em 2012. Os dados foram contabilizados, comparados e o trabalho finalizado foi divulgado nesta quarta-feira.
Tempo gasto no trânsito
O estudo revela ainda que o brasileiro gasta em média 114 minutos nos deslocamentos diários. O Rio de Janeiro é a cidade que perde mais tempo no trânsito, com 141 minutos por dia em média. São Paulo esta em segundo lugar com 132 minutos. No entanto, a capital paulista concentra a maior perda, cerca de R$ 44 bilhões e 819 milhões deixam de ser produzidos.
Por outro lado, o estudo aponta que investimentos no transporte metroferroviário por parte do Governo Estadual, e em faixas de ônibus por parte da prefeitura de São Paulo ajudaram a absorver a demanda. “No caso paulista, embora o número de trabalhadores que perderam mais de 30 minutos no trânsito tenha aumentado 4,5% (238,8 mil pessoas), o tempo de deslocamento aumentou apenas 1 minuto (1,1%). Isso significa que os programas de ampliação de capacidade do sistema de mobilidade urbana (metrô, trens metropolitanos e corredores exclusivos de ônibus) conseguiram absorver parte do impacto da maior demanda por transporte.” – diz o estudo.
O documento completo foi publicado no Blog Ponto de ônibus, do jornalista Adamo Bazani. Leia aqui