As vésperas de enfrentar mais uma manifestação por parte do Movimento Passe Livre em São Paulo contra o aumento da tarifa, o prefeito da capital Fernando Haddad disse ao jornal “El País” que não aumentar a tarifa de ônibus seria uma demagogia frente aos recursos da cidade.
“Seria demagogia. Seria puro eleitoralismo. Sabendo que isso não é sustentável porque eu não tenho fonte de financiamento vou adotar essa política demagógica só pelo calendário eleitoral? Ao invés de adotar uma política demagógica, nós tomamos três medidas: diminuímos a idade da gratuidade de idosos para 60 anos, criamos o passe livre estudantil, incorporando o transporte ao direito à educação, e mantivemos as tarifas dos bilhetes temporais para estimular uma nova visão do transporte por parte do empregador” disse o prefeito Haddad ao jornal.
MPL não buscou conversa com a prefeitura, afirma o prefeito
“Não teve nenhuma solicitação deles. Em 2013, quando houve a primeira passeata, pequena ainda, nós enviamos uma comissão para perguntar se eles queriam ser recebidos e naquela ocasião disseram que não. Acho que eles têm outra maneira de se organizar, outra tática” diz Haddad.
Sobre qualidade do Serviço
Haddad responde a pergunta sobre a baixa qualidade do transporte: “Em relação aos ônibus as queixas caíram 52% porque eu criei 360 quilômetros de faixas exclusivas na cidade. A velocidade aumentou em 46%. As pessoas ganharam quase quatro horas por semana” diz.
Constatação em auditoria
Haddad afirma que “a questão de que eles preferem pagar multa a respeitar as partidas. Nós contratamos a auditoria com o compromisso de incorporar no novo edital todos os ensinamentos dela”.
Passe livre para todos
“O passe livre universal custa seis bilhões de reais. As pessoas não sabem o que é seis bilhões. É como se eu pegasse toda a arrecadação do IPTU e não investisse mais em nada a não ser no transporte. Hoje vai para a saúde e educação, tem assistência…” disse o prefeito.
A entrevista completa pode ser lida aqui