Nesta segunda-feira (5) o Movimento Passe Livre (MPL) realizou uma aula pública no Vale do Anhangabaú para explicar para a população o projeto do passe livre. Estava presente o ex-secretário municipal de transportes de São Paulo, Lúcio Gregori, de 78 anos, que foi titular da pasta na gestão de Luíza Erundina (1989 – 1992).
Nas palavras do ex-secretário, deve haver justiça no uso do espaço urbano, já que o transporte público transporta mais ocupando proporcionalmente menos na cidade, e para incentivar as pessoas a deixarem o carro em casa, são necessários mais subsídios diretos. Portanto, as tarifas seriam reduzidas.
Lúcio lembra que nos países desenvolvidos os subsídios não causam nenhum espanto e trazem resultados positivos. “O transporte público tem um preço absurdamente alto no Brasil. Enquanto na França e na Alemanha, os subsídios para as empresas chegam a 60% (do valor da tarifa), no Brasil é de apenas 15% (quando há)” – disse Gregori.
O ex-secretário de transportes diz ainda que o problema no Brasil é relacionado não á falta de dinheiro, mas à política que sempre priorizou os deslocamento individuais em relação às renúncias e incentivos fiscais que o transporte público. “Esse índice (de 15% de subsídios) é uma vergonha. Dinheiro tem sim e, se não tiver, tem como arranjar” – disse Lúcio Gregori.
