O Ministério Público (MP) afirmou que a medida em liberar táxis nas faixas exclusivas de ônibus na cidade de São Paulo por parte da prefeitura não teve embasamento técnico. O MP esta movendo uma ação que cobra a divulgação de estudos.
A promotoria conta que no primeiro dia útil após a liberação das faixas, o órgão requisitou uma cópia dos documentos. Porém, depois de dias de espera, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) pediu um novo prazo. Segundo o MP, é “natural que essa solicitação (da CET) deva ser entendida como confissão de que a decisão que levou à liberação das faixas exclusivas aos táxis não foi embasada em qualquer estudo técnico”. Segundo ainda a nota, o MP fez questão de ressaltar que para a proibição de tráfego dos táxis em horário de pico nos corredores de ônibus foi realizado um estudo que levou 70 dias para ser concluído.
A prefeitura agora tem um prazo de 30 dias para apresentar tais estudos. Depois disto, os dados serão submetidos a uma análise crítica por órgãos internos e externos ao Ministério Público para a avaliação de sua pertinência.
Curiosamente, estudos do ano passado por parte da prefeitura de São Paulo dizia que a velocidade média dos ônibus subiu até 108% no Corredor Norte-Sul (eixo da 23 de Maio), onde eram proibidos os táxis. Já nos corredores de ônibus, os estudos mostraram que os táxis limitavam a velocidade dos ônibus em 31,6% no sentido centro-bairro, e em 25,5% no sentido bairro-centro.