A poluição do ar, na maioria das vezes causada pelo carro, pode matar até seis vezes mais do que a aids ou três vezes mais do que acidentes de trânsito e câncer de mama. Recente estudo da USP mostra o quão é prejudicial apostar todas as fixas no transporte individual motorizado.
O estudo o Instituto Saúde e Sustentabilidade, realizada por pesquisadores da USP revelou que a poluição atmosférica vai matar até 256 mil pessoas nos próximos 16 anos no Estado de São Paulo. Nesse mesmo período o problema provocará a internação de 1 milhão de pessoas, e um gasto público estimado em mais de R$ 1,5 bilhão. A pesquisa prevê que ao menos 25% das mortes, ou 59 mil, ocorram somente na capital paulista.
Evangelina Vormittag, que é doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina da USP e uma das autoras da pesquisa, conta que a gravidade dos resultados obtidos, que tem como base dados de 2011, comprova a necessidade da adminsitração pública implementar medidas mais rigorosas para o controle da poluição do ar.
A publicação lista formas alternativas de energia, incentivo ao transporte não poluente, como bicicleta e ônibus elétrico, redução do número de carros em circulação e obrigatoriedade de veículos a diesel utilizarem filtros em seus escapamentos. O estudo ressalta ainda ações que ajudam no combate a poluição, como as faixas exclusivas de ônibus e ciclovias na capital paulista, desenvolvido pelo prefeito Fernando Haddad.