Mobilidade Urbana

Crônicas da Mobilidade: Mochila, estação e estrelas…

Ele acordou ainda era noite.
O frio da madrugada faz com qualquer um querer voltar para cama.
Nem sempre querer é poder, você deve passar por isso todos os dias.
Saiu da cama encarou um banho frio.
Sua esposa preparava suas coisas e um café com pão do dia anterior.
Entrou no quarto viu seus filhos ainda dormindo, talvez sua maior motivação.
Pegou sua mochila e saiu.
Olhou para o céu viu as estrelas e pediu um futuro melhor para sua família.
Caminhou pela madrugada até o primeiro pronto de ônibus, após uma longa espera veio o primeiro super lotado, mas nada anormal.
Encarou um trem e seu balanço, a cada estação mais aperto.
Só faltam mais dois metros e uma caminhada logo mais começa sua jornada.
Trabalho, cobranças um dia de luta para um guerreiro.
A cada gota de suor derramada, um pingo de esperança ressurge.
Talvez essa pessoa pode ser você, seus pais ou alguém que você se espelha.
Quem nunca pensou em desistir?
Bom, hora de ir para casa.
Horário de pico, o sono bate, cochilo em pé, 1h,2h,3h e nada.
A noite se torna sua companheira, ao retornar as estrelas trilham seu caminho.
O cansaço do transporte é cada dia pior, até mais que sua rotina de trabalho.
Ao entrar em casa coloca seus filhos para dormir.
Toma uma ducha para lavar a alma, janta, da um chamego em sua esposa.
Ao deitar lembra que falta pouco para a batalha.
Deita e num piscar de olhos o céu esta lá para trilhar seu caminho.
De estação em estação sua historia é escrita e seus sonhos alcançados.

@_richardbatista

Arte de  Richard Batista

Sobre o autor do post

Richard Batista

Designer gráfico, ilustrador, marketeiro, atendimento, representante gráfico e curioso. Um paulistano em busca de escrever sua história através de traços e palavras.

Via Trolebus