Mobilidade Urbana

Crônicas da Mobilidade: A cara do centro

Era só mais um dia, um stress convencional.
Os olhos insistiam em não abrir.

Dentro de um ônibus lotado, parado no transito vendo a vida passar.
Você provavelmente já passou por isso, ninguém segura sua mochila ou a bolsa, vidros fechados e um calor infernal.

De repente vem a tradicional freada, onde a culpa nunca é do motorista.
Após uma eternidade, chego ao centro.
Não Importa onde você esteja, será sempre uma praça e uma igreja.

O cheiro de urina e fezes incomodam além das caras amarradas.
A pobreza se torna marca da indignação.

-Me compra algo para comer.
-Me da uma moeda.
-Tio me ajuda.

Grandes edifícios contam a historia desta cidade, abrigando impérios financeiros, lanchonetes, bares e seus vícios.
Buzinas, fumaça, aglomeração na selva de pedra, onde a paz parece não existir.

Mas, eis que surge no sorriso da garota, no bom dia do porteiro, no assobio do gari que remete sempre a um musica boa.

“ Viver, e não ter a vergonha de ser feliz!! Cantar (cantar e cantar) A beleza de ser um eterno aprendiz!!”
( Gonzaguinha)

@_richardbatista

Arte de  Richard Batista

Sobre o autor do post

Richard Batista

Designer gráfico, ilustrador, marketeiro, atendimento, representante gráfico e curioso. Um paulistano em busca de escrever sua história através de traços e palavras.

Via Trolebus