A cidade de São Paulo possui 2 obras de monotrilho e nos próximos meses teremos a terceira linha que ligará a capital a região do ABC. A aposta do governo do estado em erguer ramais de trens aéreos é justificado pelos custos menores que o sistemas metroviários, e pelo menor tempo de execução. O da linha 15-Prata por exemplo será o de maior capacidade do mundo, com 7 carros por composição e capacidade de mil passageiros.
Outras localidades já operam o sistema, entre elas Tóquio, Chongqing, Kuala Lumpur, Mumbai e Dubai (Conheça 7 cidades que operam sistemas de monotrilho).
Porem existe exemplos que não deram certo. É o caso do sistema de Sidney, na Austrália. De acordo com o site The Big City a obra foi encomendada em 1988 e que as autoridades da cidade “empurraram o que eles consideravam ser o transporte do futuro à frente de conceitos já testados como o VLT, uma infraestrutura mais bem-sucedida e com menor custo de construção e manutenção. Apostas ruins acontecem, mas a impressão é que Sydney deixou muitas fichas no cassino”.
Publicações locais deram conta de que em todo o processo, desde a concepção até a construção, houve um grande jogo político que levou o monotrilho a ser feito, com vários departamentos fazendo vista grossa para problemas facilmente previsíveis.
“[O relatório da oficial do Depto de Meio Ambiente e Planejamento, Helen Reid] demonstra que havia uma série de riscos para o Governo em aprovar o monotrilho. Estes incluíam zero controle sobre as tarifas pagas pelos consumidores, e seu impacto sobre os sistemas de transporte existentes. Ele mostra que a legislação aprovada para o monotrilho foi, em parte, para evitar pedidos de indenização e desafios judiciais relacionados com o sistema de transporte, e que Ministério do Trabalho esperava “uma larga e prolongada oposição ao projeto”. – relata a publicação do jornal Sydney Morning Herald.
Só para se ter uma ideia, o preço das passagens do monotrilho saltaram para 4,90 dólares australianos (algo como R$ 11,50) desde 1988, fazendo do Metro Monorail um dos transportes de massa mais caros do planeta. Tanto deu errado, que o governo local concluiu em abril de 2014 a remoção da estrutura.
Dois trens foram repassados para o Museu Powerhouse e são exibidos em seu Centro de Descoberta em Castle Hill. Outros dois foram para o Google para ser convertidos em salas de reunião. Duas composições foram entregues ao Museu Nacional de Transporte a ser exibido em Inverell.
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