Esta marcada para as 18h30 mais uma assembleia na sede do sindicato dos metroviários para decidir se a categoria realmente volta com a greve nesta quinta-feira (12), dia em que vai ocorrer a copa do mundo, e que a linha 3-Vermelha será uma das principais rotas de acesso ao estadio da abertura dos jogos.
Desta vez a reivindicação é a revogação de 42 demissões por justa causa feitas pela companhia do Metrô: “Se não reintegrar os demitidos, os metroviários estarão em greve a partir do dia 12 até que se reintegre todos eles”, afirma o secretário-geral do sindicato, Alex Adriano Alcazar Fernandes.
O Governador Geraldo Alckmin, porem, descartou voltar atras, junto com seu secretário de transportes, Jurandir Fernandes:
“Infelizmente, esses foram os casos mais graves. Aqueles que vandalizaram, incitaram a população a pular a catraca, aqueles que usaram equipamento de som das estações e dos trens dando mensagens falsas, mensagens abusadas, esses foram primeiro”, disse o secretário, que afirma ter provas dos atos com filmagens, fotos e testemunhas.
Funcionário Demitido
O Jornal “O Estado de São Paulo” trouxe um desabafo de um dos funcionários que foram demitidos. Na carta de demissão foi transcrito a seguinte frase “Informamos o seu desligamento da Companhia por justa causa a partir de 9/6/2014”, seguido pela base legal e orientações sobre o direito de contestar a demissão.
“É um abalo muito grande. Estou sendo demitido por lutar pelas condições de trabalho para todo mundo”, disse o operador ao jornal que não quis se identificar. O ex-funcionário acompanhou as declarações do governo durante toda a segunda-feira, pela mídia, e imaginou que estaria entre os 60 anunciados, já que esteve em todos os piquetes organizados até então.
“Quem quer mudar as coisas, que estava indo nos piquetes, organizando greves, melhorando as condições, é que acabou prejudicado”, lamentou. “Eu me senti um pouco perdido, sem chão”. O prestador diz que não se vê mais fora da empresa. “Depois de tanto tempo, sua vida já está moldada, sua identidade é adaptada a ser trabalhador do metrô. Sua rotina. Faz parte da sua vida”, contou.