Nesta terça-feira, 22 de abril o sistema trólebus completa 65 anos de existência no Brasil. No Brasil o sistema surgiu em 1949 na cidade de São Paulo. Outras redes foram criados entre os anos 1950 e 1960 como os doRio de Janeiro, Belo Horizonte, Niterói, Porto Alegre, Salvador, Campos dos Goytacazes, Fortaleza entre outros, sendo a maioria destes extintos até o início da década de 1970. Restariam, daquela época, apenas os sistemas de São Paulo, Recife, Santos e São Bernardo do Campo.
Nos anos 1980 os trólebus ganhariam novo fôlego no Brasil, através de um programa criado pela estatal Empresa Brasileira de Transportes Urbanos – EBTU, em conjunto com o Ministério dos Transportes e o BNDE (atual BNDES). Surgiriam os sistemas de Ribeirão Preto e de Rio Claro, além do Corredor Metropolitano São Mateus – Jabaquara, da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo na Região Metropolitana de São Paulo.
Os remanescentes de outras épocas receberam investimentos para renovação e reforma da estrutura elétrica, além da compra de novos veículos e até mesmo a pavimentação de ruas e avenidas por onde os trólebus circulariam.
Todavia, desde o início dos anos 1990, influenciados pelos novos tempos da política que exigem a chamada “redução do tamanho do Estado” através de privatizações, esses veículos foram gradativamente sendo deixados de lado e desativados no Brasil, dada a falta de interesse dos empresários de ônibus nacionais. Foram extintos os sistemas de Rio Claro em 1993, Ribeirão Preto em 1999, Araraquara em 2000 e o de Recife em 2001. Santos sofreria uma redução drástica entre os anos de 1993 e 1996, com a retirada de mais de 50 carros de circulação e a manutenção de apenas uma, das sete linhas antes existentes. O sistema foi privatizado a partir de julho de 1994, atualmente, apenas seis carros circulam no sistema municipal daquela cidade em uma linha, a 20, ligando o Centro ao Gonzaga.
Na capital paulista, o sistema quase foi extinto entre 2002 e 2004, restando apenas na zona leste, central e em parte da zona sul.
O sistema tomou novo folego nos últimos anos, com a expansão da rede elétrica no corredor do ABD até o bairro do Jabaquara. Na cidade de São Paulo, 100% da frota foi renovada com veículos de ultima geração, sendo parte com tração autônoma, minimizando eventuais transtornos. A rede elétrica também estão sendo toda substituída.
O trólebus hoje é visto como solução de mobilidade sustentável, ainda que não exista de fato projetos para expandi-lo.