Uma nova reportagem que envolve operação dos novos trem do metrô de São Paulo vem a tona, desta vez relatando possíveis “solavancos” que algumas séries apresentam: As frotas K, L e H.
De acordo com reportagem do portal R7, são falhas recorrentes registradas pelos usuários. O texto traz relato do operador de trens Dagnaldo Gonçalves, na empresa há 26 anos, que conta que nunca ouviu tantas queixas sobre os solavancos. Segundo ele, as freadas repentinas são resultado de trens reformados ou novos, com sistemas diferentes.
As frotas K e L são parte da reforma de 98 trens que o Metrô contratou, e esta sob suspeita de cartel. Já a frota H, tratam-se das 17 composições novas da empresa Caf, sendo que 16 prestam serviços e uma esta parada desde 2012 após uma colisão com outro trem, o trem H56.
Todos estes trens operam na linha 3-Vermelha: “A parada do trem nas estações é automática, mas como existem várias frotas de trem, essa regulagem não se consegue fazer. Então, muitas vezes, o operador é obrigado a parar em emergência, porque falha essa parada programada. Um dos motivos disso acontecer é que, tanto nos trens reformados [frotas L e K] quanto nos novos [frota H], foi retirado o semiautomático. Eles só têm o automático e o manual. Então, você passar do automático para o manual ou então aplicar emergência, ele dá esse tranco.” – disse o operador.
O Metrô informou a reportagem do R7 por meio de uma nota que as freadas acontecem quando o trem à frente fica parado na plataforma mais tempo do que o programado, seja por falha ou por usuários que impedem o fechamento das portas. A empresa diz ainda que a aceleração, frenagem e o tempo de parada são coordenados por um sistema automático e que o operador só assume o controle em caso de anormalidades.
Já o sindicato afirmou a reportagem que entre os anos de 2009 a 2013, o número de falhas graves no metrô aumentou 105%. Além disso, nos trens das frotas K e L, há trepidações nas portas, ar-condicionado que não funciona, panes em sensores e nos freios. Outros defeitos que colocam em risco a segurança dos usuários também são frequentes nos trens novos, da frota H, segundo os funcionários
Com as informações de R7 | Imagens de William Molina