Ainda seguindo a onda da Pesquisa de Mobilidade 2012, divulgada nesta segunda-feira (10) pela Secretária de Transportes Metropolitanos, o deslocamento com o transporte individual cresceu mais em relação ao coletivo: as viagens com carro e moto tiveram aumento de 21% em um período de cinco anos, contra o crescimento de apenas 16% do transporte coletivo (passando de 13,9 milhões de viagens em 2007 para 16,1 milhões em 2012). A pesquisa ouviu 8.115 pessoas, em 31 regiões, de agosto a dezembro de 2012 e entre março e abril de 2013.
Conforme divulgamos nesta segunda-feira aqui no Via Trolebus, o secretário Jurandir Fernandes diz que as políticas que incentivaram a aquisição de veículos, como redução do IPI e facilidade para o parcelamento do preço do automóvel, foram decisivos para essa discrepância. “Houve muito incentivo ao transporte individual. A própria gasolina teve o preço congelado”, disse. “Agora, se você olhar para o transporte coletivo, o valor do diesel aumentou, assim como o do ônibus.”. Outro ponto importante é o crescimento da frota de carros, cerca de 18% no período pesquisado.
Tais dados só refletem anos e anos de falta de investimentos por parte de todas as esferas de governos. Felizmente, hoje o assunto da mobilidade esta entre as principais pautas dos gestores públicos e candidatos. Citando os governos estadual e municipal, ambos enxergam na mobilidade como vitrine de suas campanhas e marketing político. O Governador Geraldo Alckmin não exita em dizer que atualmente 4 linhas de Metrô estão em obras ao mesmo tempo. E com as recentes integrações, mais pessoas aderiram o transporte sobre trilhos, na ordem de 7 milhões de usuários por dia. Já o prefeito da cidade Fernando Haddad, ressalta o investimento em corredores de ônibus, solução mais barata e rápida para eixos saturados. Medidas simples como a implantação das faixas exclusivas para coletivos implantados pela atual gestão, ajudaram no deslocamento e redução de tempo de viagem de muitos passageiros. Alguns destes ganharam 30 minutos por viagem.
O tema esta na ordem do dia, e deve permanecer não só neste ano que teremos eleições.
