Recentemente uma afirmação do presidente da EMTU chamou a atenção, onde Joaquim Lopes referiu-se a estrutura do sistema trólebus de “parafernália”. O presidente da empresa que gerencia os ônibus metropolitanos de São Paulo quis dizer que a fiação deste tipo de modal enfeia as cidades, em um discurso defendendo um ônibus a bateria, cujo o projeto é de uma parceria da empresa Eletra e da concessionária Metra, que opera o corredor de trólebus do ABC.
Depois disso Marcos Galesi, que é técnico em transportes, moderador do grupo de discussão “Defesa do Trólebus” no Facebook, e um dos criadores do movimento Respira São Paulo, nos enviou uma nota de desagravo, que você acompanha a partir de agora:
“A Secretaria dos Transportes Metropolitanos representada pela EMTU,está renegando uma tecnologia que inclusive várias partes do mundo estão sendo reinstalados e mostrando sua eficiência tanto na parte Energética, mas também como eficiência na parte de Manutenção e de Operação.
Houve muitas melhorias tecnológicas que infelizmente ou felizmente vieram tardiamente pois parte da tecnologia que temos hoje, desde o inicio dos anos 2000 elas já existiam no exterior.
A proposta do E-Bus desde sua concepção foi para substituir os ônibus diesel e não para ser um substituto do trólebus cujo a tecnologia é atual.
Temos que evoluir, mas com respeito à outras tecnologias que já fizeram história e que foram consolidadas e estão presentes em nossos dias.
Lembramos ao Sr. Joaquim Lopes que a CPTM utiliza da mesma “parafernália” para funcionar os seus trens, o METRÔ nas novas linhas também se utiliza da mesma “parafernália” assim como o futuro VLT de Santos”que por sinal é da própria EMTU”, utilizará.
E os altos investimentos feitos para eletrificar o corredor até Jabaquara? E os investimentos em manutenção?? Isso foi dinheiro público, ou seja nosso dinheiro suado na qual nós batalhamos para pagar os altos impostos, sai das tarifas que pagamos para andarmos espremidos como sardinha dentro dos ônibus e isso tem que ser valorizado.
Defendemos que haja a ampliação dos veículos trólebus cuja energia é limpa, não agride o meio ambiente, é silencioso e tecnologia totalmente nacional.
Investindo em novos trólebus, estamos ampliando o número de empregos diretos ou indiretos, o número de técnicos em eletrônica e elétrica enfim, vamos estimular nossa indústria nacional, esta é uma forma de inovar.
O corredor ABD é o lugar perfeito para os trólebus operarem de forma imbatível e precisa de melhor atenção do poder público e não ser marginalizado até porque o sistema trólebus contribui com toda população não poluindo, reduzindo custos ambientais, custos com SAÚDE e contribuindo com a sustentabilidade.
Lembrando que temos que estimular a indústria nacional em favor do transporte sustentável que utiliza combustível e o transporte elétrico merece toda a atenção pois não POLUI.
Nos perdoe Sr. Joaquim Lopes o senhor está mal informado.”