É de conhecimento que o sistema de ônibus na capital paulista teve seu processo de licitação suspenso, e que as empresas de ônibus operam hoje por meio de um contrato emergencial. A licitação deveria ser realizada em 2013, quando venceram os contratos assinados em 2003 com as viações e as cooperativas. A prefeitura decidiu por adiar a concorrência depois da série de protestos contra os valores da passagem e a má qualidade dos serviços prestados.
Por mais que a medida possa trazer alguns problemas para operação, uma vez que o empresário não deverá investir, já que não tem certeza sobre o futuro da empresa, a prefeitura alega que há necessidade de fazer uma auditoria para desvendar a tal caixa preta do sistema de transporte paulistano.
Nesta quinta-feira (27), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, apresentaram qual será a abordagem da auditoria, que ficará a cargo da da empresa Ernest & Young.
O estudo dará base para a prefeitura definir o preço da passagem e a formas de remuneração às empresas e cooperativas de transportes, além de dar uma base mais sólida para realizar o novo contrato com as permissionárias.
Já sobre as contas do sistema, o secretário municipal de transportes afirma que até o momento, nem a CPI dos Transportes e nem a prefeitura descobriram uma “suposta caixa-preta” das empresas de ônibus e cooperativas. Ele disse, entretanto, que os trabalhos devem ampliar as análises sobre os recursos do sistema e buscar transparência.
Haddad disse ainda que dependendo do resultado, pode haver readequações do valor da tarifa, reduzindo ou aumentando o que os passageiros hoje pagam nas catracas.