A medida em que surgiu a noticia de um número enorme de desapropriações para alargamento de 39 avenidas e 27 ruas, onde deveram abrigar os novos corredores de ônibus na cidade de São Paulo, apareceram também críticos questionando a origem desse dinheiro para bancar as desapropriações, já que a prefeitura não esta muito bem das pernas.
Mas, de acordo com a administração municipal, é possível modificar ruas e avenidas da cidade fazendo um número menor de desapropriações. Nesta semana ocorreu uma audiência pública sobre o tema, e o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Fernando de Mello, disse que a prefeitura pretende conceder incentivos a proprietários de imóveis para recuarem sua área construída para o realinhamento viário. Também devem ser incentivados os donos de edificações que deixarem espontaneamente os imóveis.
Como exemplo, Fernando de Mello cita a Avenida Paulista que foi alargada sem a necessidade de desapropriações, havendo apenas o realinhamento da via: “Não estamos trabalhando com a possibilidade de desapropriação. O que o projeto de lei faz é redefinir o alinhamento viário e oferecer benefícios ao proprietário que recuar suas construções ou desocupar os terrenos que têm ao longo da avenida. Foi assim na Avenida Paulista, por exemplo. Ela foi alargada sem desapropriações” – disse o secretário. Todavia, nem todas as ruas e avenidas estão livres de desapropriações.
Algumas delas deverão ter mesmo a remoção de imóveis, como o caso da Radial Leste que já teve o sinal verde da prefeitura para ter inicio no processo de desapropriação de mil imóveis num prazo de cinco anos. Um corredor deve ser construído na via para ajudar a desafogar a Linha 3 do Metrô.
Aumento de 60% na velocidade dos ônibus
Durante a audiência pública, o gerente de projetos da SPTrans, Roberto Moura, disse que os principais corredores de de ônibus terão pontos de ultrapassagem, tornando possível criar linhas expressas: “A partir da implementação dos corredores e das faixas de ultrapassagem, teremos a oportunidade de criar linhas expressas e semiexpressas que vão reduzir sensivelmente o tempo gasto no transporte coletivo. Conseguiremos reduzir o tempo de viagem em até 60% em alguns trechos” – disse Roberto Moura.
Segundo ele, as regiões mais beneficiadas pelos corredores serão a zona Sul de São Paulo e a zona Leste de São Paulo.
Ao longo dos corredores BRT devem ser construídas calçadas mais largas e ciclovias isoladas por guias altas ou muretas.
Com as informações de Blog Ponto de Ônibus